In black and white | BL

[Prólogo]. A persistência realiza o impossível

No passado, Mo Fei não esperava se apaixonar por aquela beleza fria. Rong He, por mais atraente que fosse era pouco interessante.

Veja bem, quem gostaria de se levantar todas as manhãs com um cara de pôquer ao seu lado? Ou alguém que provavelmente chutaria os mendigos devido aos seus estranhos hábitos de limpeza, ou pior, alguém que era cruel tanto com os outros quanto para si!

Aya! Ele se valorizava acima de tudo!

Mas, bastou um único sorriso para fazer Mo Fei se curvar tão rápido quanto uma espada flexível.

Na primeira vez que Mo Fei avistou aquela beleza fria foi numa guerra.

Deve-se saber que Mo Fei era um cultivador do diabo tão poderoso que destruiu dois planos inferiores e teria destruído o terceiro para que seu plano em subir para um Reino Superior fosse completo.

Felizmente, Rong He foi contratado por um deus marcial e impediu que o diabo em pessoa subisse na escala de sua existência.

O que Rong He não esperava era que após poucos dias de prisão, o prisioneiro enlouquecesse e começasse a flertar com ele.

— Beleza, você tem esposa? — O prisioneiro de rosto bonito e cabelos brancos perguntou pela primeira vez.

Para a má sorte de Mo Fei, o cultivador justo o ignorou tão friamente que a temperatura da cela caiu em alguns graus. E ele largou a refeição prisioneiro no chão, sem alguma delicadeza.

— E marido, você tem? — O cultivador do diabo grudou nas grades da cela.

Devido ao estado deplorável de suas roupas, boa parte delas havia sido esquecida no campo de batalha e o que restava cobria aleatoriamente as partes do seu corpo. Assim que se mexia, a parte superior deslizava pelos ombros, descobrindo toda a parte superior do seu corpo. O par fofo e rosado de mamilos chamava muita atenção na pele alva de Mo Fei.

Mesmo Rong He não podia deixar de olhá-los e deixar sua imaginação percorrer pelos mais profundos desejos escondidos. O par de pupilas negras não apenas parou apenas no par de cerejas, mas também percorreu sobre a pele tão delicada quanto a superfície de um pêssego e no rosto angelical daquele demônio.

Com certeza, Mo Fei era alguém especial. Era o que Rong He pensava enquanto saía da prisão e deu uma última olhada para trás.

Nos dias posteriores, a dinâmica continuava a mesma. Um lado atiçava e o outro mantinha-se quieto e tão reto quanto o tronco de uma árvore milenar.

— A beleza nunca sorri? Aya! É um desperdício de rosto e corpo bonitos!

E pela primeira vez, Rong He parou em frente a cela e lhe proporcionou uma resposta. Ele abriu um sorriso irônico, segurou as mãos de Mo Fei sobre as grades e se aproximou o máximo que poderia olhando o mais profundo em seus olhos lilases.

— Sabe qual a maior virtude de um prisioneiro? Manter a boca, assim como seu corpo intacto. — Rong He falou com a voz baixa e bem devagar. — Com seu cultivo selado, você não passa de uma vadia para os guardas. Mas, a sua maior virtude é que sou eu quem supervisiono esse lugar. E mesmo que seja a pior das escórias, não deixo meus valores apodrecerem. Mantenha-se quieto se deseja manter intacto.

Mo Fei abriu um sorriso brilhante.

— Isso não me assusta. — Deu uma risadinha. — Finalmente falou comigo.

Daquele dia até o momento em que Mo Fei conseguiu curvar Rong He perfeitamente passou-se apenas duas semanas. Nem mesmo ele acreditava em suas próprias habilidades.

Notas da autora:

Cada capítulo será uma passagem curta, sem muito aprofundamento ou emoções profundas. É somente um ato diário aleatório que virá em minha mente. Não me peça mais nada, não haverá explicações mais profundas!!!