Capítulo I - A luz dos olhos do Rei Viserys

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— Aegon, acha que o papai vai estar bem para comemorar meu aniversário? - Aemond que estava deitado na cama do irmão junto dele enquanto o mais velho lia um livro sobre a antiga valíria perguntou. Faltavam apenas dois dias para Aemond completar dez anos, mas Viserys estava muito doente há alguns anos, cada vez mais fraco e Aemond temia que seu pai não pudesse participar da comemoração. Ele queria muito a presença do rei.

— Mond, não se iluda tanto. Papai faz qualquer coisa pra nos ver felizes, mas ele está doente. Não podemos julgá-lo caso não consiga comparecer.

— Eu entendo, mesmo. Só que... - Aemond bufou em frustração e enterrou o rosto no travesseiro, abafando um grito.

— Grite mais e os guardas vão entrar achando que estou matando o filhote preferido do rei.

— Eu não sou...

— Você e nossa irmã mais velha são o que eu costumo chamar de a luz dos olhos do Rei Viserys.

— Não exagere, por favor. É que todos sabem que Daeron e você são os filhos perfeitos da rainha, papai só tenta nos dar o que a mamãe se nega, irmão. - Aemond disse cabisbaixo - Você está mudando de assunto completamente, Aegon.

— Sim, estou. E quer saber? Quero voar. Vamos comigo? Converso Sunfyre em te deixar subir nela.  - Claro que Aegon estava mudando de assunto. Como irmão mais velho ele sente a responsabilidade de manter seus irmãos bem e felizes e sabe muito bem que Aemond é extremamente ligado ao pai e que a possibilidade de Viserys não conseguir comparecer ao aniversário do irmão o deixava muito triste. E pensar no desprezo da mãe o deixava ainda pior.

— Claro, vamos. - Aemond concordou sabendo que a conversa não iria adiante.

Semanas depois...

— Amanhã Rhaenyra, os bastardos e aquilo que ela tem coragem de chamar de príncipe consorte chegarão para o aniversário de Aemond - Alicent disse sem necessariamente olhar para os filhos. Ela continuou comendo e parando para dar a mensagem aos poucos - Eles já envergonham a família real o suficiente, por isso espero que vocês se comportem como verdadeiros príncipes e princesa e principalmente, que mantenham o máximo de distância possível daquela gente.

— Rainha, eles também são nossa família - Aemond disse. A comida a muito esquecida já devia estar fria, mas ele não estava com fome mesmo. Ouvir a mãe desdenhar de sua irmã e a família que ela havia construído o incomodava. Rhaenyra sempre fora extremamente gentil com os irmãos mais novos e nenhum dos três conseguia entender porque a mãe não gostava da princesa, já que segundo a irmã, elas eram melhores amigas até a adolescência, quando Alicent se tornou esposa do Rei Viserys.  Aegon segurou a mão do mais novo em cima da mesa tentando acalmá-lo.

— Não ouse me desafiar, Aemond. Estou morrendo de dor de cabeça e não tenho a mínima vontade de te castigar hoje, por isso, pelo seu bem, fique quieto e me obedeça.

— Por favor, se acalmem. - Aegon disse tentando amenizar a situação - Mond, coma, a comida está esfriando.

— Ela já esfriou... E eu estou sem fome. - Aemond disse se levantando. Alicent gritava para que ele voltasse, mas o príncipe ignorou os berros da rainha e decidiu ir para fora do castelo, onde os dragões descansavam. Andando a passos rápidos, Aemond viu o dragão de seu irmão e se aproximou encarando Sunfyre.

— Espero um dia ter um dragão tão bonito e legal quanto você, Sunfyre. Talvez se eu também tiver um dragão, mamãe me ame um pouquinho.

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Comentem e me digam o que estão achando, por favor. Até logo!

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