Capitulo 9 - Descobertas

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Tive insônia, portanto resolvi procurar meu celular pelo quarto e fiquei jogando alguns joguinhos nele até umas 5 horas da manhã quando finalmente consegui dormir. Seis horas o despertador estava berrando no meu ouvido... O processo de me arrumar eu fiz praticamente dormindo, sem nenhuma paciência. Meu pai estava em casa, portanto eu não precisaria ir com o Ramon - que milagre - Sempre quando meus pais podiam me levar, eles poupavam o trabalho do motorista.


- Filhinha! Tudo bom? - meu pai me abraçou.

- Oi pai... - disse sonolenta.

- Dormiu mal, princesa?

- Não - menti para ele não ficar me fazendo um bando de perguntas - Só estou com sono mesmo...

- Hm... Vem tomar café!

- Já tomei. - menti novamente.


Odeio quando meu pai fica fazendo essas perguntas: Ele é ausente 23 horas por dia e quando tá em casa fica me enchendo de perguntas? Assim não dá, né! Conversamos mais um pouco e ele me levou ao colégio... Ficou puxando alguns assuntos, perguntando da minha vida... Eu e meu pai nos damos muito bem, só que não gosto muito do fato dele ficar querendo cuidar de mim como se eu fosse um bebê. 

Chegamos...

Saí do carro e percebi que estava atrasada (novidade)... Mas dessa vez, por causa do meu sono, não quis matar aula... Entrei na sala, mal cumprimentei a Verônica - Kendall havia faltado - e dormi feito uma pedra... Não lembro de ter acordado em nenhuma aula antes do intervalo, que foi quando a Verônica me acordou dizendo que queria terminar a conversa de ontem à noite comigo, despertei na hora.


- Não temos o que conversar! Acho que você deve ir se tratar, sei lá... Por que tá começando a ver coisas que não existem.

Ela olhou para os lados, viu que muitas pessoas estavam ao nosso redor.

- Vamos pro banheiro...

Ela pegou minha mão e saiu praticamente me arrastando até lá...

- Verônica, esquece isso!

- Cara... Eu estou um pouco chateada com a sua falta de confiança em mim...

- Que falta de confiança, garota? Tá maluca! Meu Deus! Eu não me sinto atraída pela Ca...


Não terminei a fala, pois uma das amigas dela, a tal de Ariana, entrou no banheiro. Ela ficou olhando para nossa cara como se fossemos uma miragem, fiquei irritada com isso.


- Perdeu alguma coisa aqui, garota? - falei seca.

- Eu... Eu... - ela começou a gaguejar.


Revirei os olhos. "São todos iguais..."


Não deixei ela terminar de gaguejar pra começar a falar algo concreto, saí dali puxando a Verônica pela mão e continuamos conversando baixo enquanto caminhávamos pelo pátio...


- Acha que eu não reparei no jeito que você olha pra ela? Seu olhar dize tudo... Diz que há outra coisa além de ódio...

- "Meu olhar diz"? - dei uma gargalhada - Me poupe!

- Mas diz, Lauren... Como eu disse ontem, eu te conheço desde sempre... Sei ler cada gesto seu... Não adianta me esconder nada... Você é muito boa em mentir, mas não pra mim.

Talvez é amor....Onde histórias criam vida. Descubra agora