Capitulo 22 - Apreendendo

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Acordei quase meio dia, peguei meu celular, ainda deitada, e tinham 5 chamadas não atendidas da Camz...

''Será que aconteceu algo?''

Liguei e ela atendeu imediatamente...

- Oi, me ligou?

- Aham, preciso falar com você.

A voz dela parecia preocupada.

- Algo muito importante?

- Não... É que aconteceu algo estranho...

- Enquanto você estava comigo?

''Você só disse que me ama, apenas isso. Quer mais estranho que uma coisa dessa?!''

- Não, foi de madrugada, quase pela manhã...

- Fala então...

- Não... É melhor pessoalmente.

- Não tem necessidade de ser pessoalmente, fala logo.

Ela suspirou.

- Já que você insiste...

- Fala logo, Camila!

- O Connor veio aqui em casa!

Me levantei num salto da cama.

''Ãn?''

- Você chamou ele? - tentei controlar meu tom de voz.

- Claro que não! Ele apareceu bêbado do nada na minha varanda.

- E você fez o que? - cada vez era mais difícil controlar o tom de voz.

Meu sangue estava fervendo... Eu estava apertando com tanta força o telefone que pensei que fosse quebrar!

- Conversei com ele, apenas isso. Ele chegou aqui bêbado...

- Como assim conversou? - um fio de perder a paciência.

- Calma! Vou te resumir tudo... Eu estava deitada, aí ouvi meu telefone tocar, era ele bêbado dizendo que estava na minha varanda... Eu fui ver, e ele estava realmente mal, se declarando para mim, dizendo que me amava, para eu dar mais uma chance... Eu falei para ele que não dava e pedi para ele ir embora.

- E essa foi a parte que ele disse que nunca mais ia te encher o saco? - falei irônica.

Ela riu.

- Então tá tudo bem? Não tá chateada comigo?

- Tenho motivos para estar?

- Não... Mas você está economizando nas palavras... Além de estar falando comigo com ironia.

- Imagina, você acha que eu tenho motivos para estar agindo assim?  - mais irônica ainda.

- Não fui culpa minha... Eu fiz o que tive que fazer...

- O que você faz não me preocupa, mesmo! Afinal, não é isso que me preocupa quando tem um retardado que não para de te encher o saco! - elevei um pouco a voz.

- Calma... Não fica com ciúmes.

- Não estou com ciúmes! - elevei um pouco mais.

- Calma! Olha só, eu vou almoçar e daqui a pouco to indo para aí, ok?

- Tá.

Desliguei o telefone sem nem ela responder e comecei a apertar meus lençóis de tanto ódio... Afinal, quem o Connor pensava que era? Ele não entendia o que significava ''acabou''?

Fiquei uns 15 minutos xingando o Connor mentalmente até eu começar a me acalmar aos poucos...

''Ela disse que me ama, e não que ama aquele cabeça de milho... Ela me quer e não quer ele... Daqui a pouco ele se toca que tá no fim da jogada e para de perturbá-la. Aliás, eu também sou bem mais bonita que ele, convenhamos!''

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