Dor do Amor

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  A noite razoavelmente fria já nem importava mais, pois havia entrado naquela cafeteria bonita, tanto por fora quando por dentro, que estava bem aquecida em temperatura considera normal. 

 O cheiro de café era muito bom, e os doces e salgados na vitrine eram bonitos, pena que o mesmo não ligava para isso. Cansado de mais para pensar em comer, só deseja um boa e velha xícara de café quente, com açúcar, pois não era louco como seu melhor amigo, que bebia copos e copos de café sem açúcar. Pediu seu café para o atendente e o pagou, depois se sentou em uma mesa distante do caixa, não queria ser notado. 

 Era quase meia noite quando saiu de casa, devido a Parker ter levado uma garota para o apartamento pequeno que eles compartilhavam, realmente ver o amor de sua vida com uma garota vazia o sentir péssimo, e, se trancar no seu quarto não abafaria nada que eles fizessem ou dissessem.

"Maldita seja aquela puta" Chester murmurou para si mesmo, desejando internamente que aquele menina desapareça depois dessa uma noite, quando ele voltar para casa quase as sete da manhã, com tanto sono que se sentiria mal o resto do dia. Seu café foi entregue.

"O que faz aqui tão tarde da noite cara?" Diz o atendente, colocando uma xícara preta em sua frente. Oh... por um momento ele não sabe  o que deve dizer, geralmente Parker está ali para falar isso por ele, ele não sabe fazer nada sem Parker.

"Noite ruim, sabe?" Ele diz sentindo seu coração começar a acelerar. O atendente percebeu o tom de sua voz, sentindo pena do pobre loiro, ele volta para a bancada.

 Oh meu deus, como a vida dele é triste. Não se passou um minuto que o atendente entregou o seu café e se foi, para ele começar a chorar, deitando sua cabeça em seus braços, como um criança emburrada, molhando seu moletom roubado de Parker e chorando como se um parente próximo seu estivesse morrido, ele chorou.

 Lágrimas gordas e salientes escorreram pelo seu rosto pálido, a ponta no seu nariz ficou avermelhada junto de seus olhos sensíveis, ele chorou sem  parar por um bom tempo. Toda aquele tristeza desdá hora que Parker trouxera aquele fedelha a sua casa deles, até a caminha rumo a cafeteria, e a quase nula conversa com o atendente, já foram o  suficiente para seu coração doer tanto que ele quase engasgou. 

 Por que Parker tem que ser tão mal com ele? Fazendo questão de esfregar em sua cara que ele é hétero dessa maneira; Veja bem, Parker sabe que Chester é gay, ele sabe disso por que Chester se confessou a ele a menos de um ano,  e que ele não gosta nem um pouco de garotas com Parker, e Parker sabe porque leu isso em um dos diários abandonados de Chester, sem sua permissão, claro.

 Longos minutos, ou até talvez uma hora, ele finalmente chorou o que tinha que chorar até pegar sua xícara de café quente. A xícara quente entre os dedos era reconfortante, pelo menos. Ele da um bom gole antes de encarar o liquido adocicado. E mais uma gota de lágrima cai, dessa vez, dentro de sua xícara, Deus ele está muito cansado para se importar com isso. E novamente mais uma rodada de lágrimas, e a sua dor de cabeça começa a doer mais ainda, ele esta completamente ferrado se Parker o encontrar amanhã com olheiras debaixo dos olhos. 

 E infelizmente, os pensamentos traiçoeiros levaram novamente a Chester pensar novamente em Parker. O que ele deve estar fazendo agora? provavelmente se satisfazendo com aquela garota, ou talvez rindo da cara de Chester por ele ser um gay sensível ou algo assim, e está ultima parte é apenas delírio da cabeça paranoica dele. 

 Por que ele tinha que se apaixonar por seu melhor amigo? ele realmente não queria ver Parker de outra maneira, e por meses ele apenas rejeitou esse pensamento de que talvez ele sege caído de amores por aquele cara, mas eventualmente ele aceitou, fazendo-o sofrer mais ainda. Pior ainda quando ele da aqueles malditos flertes com todas as garotas que ele vê pela frente. 'Quem me dera eu ser uma dessas garotas' Diz Chester mentalmente, rindo da própria desgraça e dando mais um bom gole em seu café, agora morno. 

 E como o mundo o odiasse, ele escuta o sininho da porta da cafeteria tocar, quem mais seria o louco de sair as quase duas da madrugada para tomar café?. E para mais um pouco de triste para sua vida, ainda meio choroso e com a cara corada e amassada, ele apenas envia seu olhos para cima, na esperança de ver quem era. 

 E oh não, era ele, aquele que por ele chora, e que deseja, Parker, o maldito metido a gostosão Parker, o mesmo, em carne e osso. O olhando da porta, com aquele malditos olhos marrons-claros, e logo seu passo é pesado em direção de Chester, que no exato momento que seus olhos se encontraram, sentiu o coração quase sair pela boca e começou a suar frio. Ele parou ao seu lado, Chester começou a encarar incessantemente a sua xícara, com um pouco de medo de Parker perceber que ele estava chorando a menos de cinco minutos atrás.

"Cara o que diabos você tá fazendo aqui? por que saiu sem me avisar? e pior ainda, não levou teu celular contigo! e se algo ruim acontecesse como você iria me avisar?!. Parker espraguejar com um raiva misturada com preocupação, como se Chester fosse uma bendita criança. O mesmo se mantel em silencio.

...

"Chester me responda." Autoritário Parker manda, ele não pede, ele manda. "Eu não queria atrapalhar.. você e aquela vad- .. garota" Diz um sussurro patético, sentindo as lágrimas voltarem a se formar novamente, na pior hora possível. Parker percebe isso, agarrando o rosto de Chester com sua mão fortes, e o forçando o olhar. Aquele par de olhos azul-bebê avermelhados e com semblante assustado, o encara mesmo não querendo. Parker franze a testa.

"Cara não precisa chorar.." Diz calmo, secando as lágrimas que desciam devagar, espalhando todo e secando nada. Chester soluça e vira a cabeça para o lado, corando com o pensamento de que se Parker o beijasse. E dito e feito, Parker deixa um selinho em sua testa, um pequena demonstração de afeto, tão raro quanto as estrelas se aleirem, aquele pequeno beijo ver o corpo de Chester se arrepiar e ele der um leve solavanco, ganhou um sorriso de Parker como resposta. 

 "Que tal irmos para casa, não precisa se preocupar, a Emilly não tá mais lá" Diz tentando o convencer, o completamente hipnotizado por Parker, Chester apenas assente, suas bochechas ficando a cada segundo mais coradas. O sorriso de Parker cresceu ainda mais um pouco. 


Vai ser uma longa caminha até em casa, mas Parker está lá com ele, segurando sua mão com firmeza.


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Nota: One-Short de parkester e eu sei que ninguém vai ler essa merda por que aparentemente no brasil ninguém shippa eles :sob: 

Naquela CafeteriaOnde histórias criam vida. Descubra agora