Capitulo 16

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Pov. Catherine

Na vida há acontecimentos tão súbitos, que podem ser devastadores ou salvar-nos e agora o meu caso encaixa-se na primeira opção. Toda a minha vida desde a morte da minha mãe tem se encaixado na primeira opção.

A dor que hábita o meu peito é incontrolável, e vagueando pelos meus pensamentos tenho vontade de arrancar o meu coração com as minhas próprias mãos, apenas para mandar essa dor para fora de mim.

Se a vida fosse tão bela e perfeita como diversas pessoas dizem, então eu não estaria sofrendo dessa maneira. A perda da minha mãe foi algo muito traumático para mim, eu sei que tenho o meu pai e na minha maior certeza encontra-se o medo de perdê-lo também, pois, a minha única válvula de escape, a minha única tábua de salvação é e sempre será o amor do meu pai.

- Catherine Müller.

Meus olhos foram abertos sendo inundados pela luz do dia. Depois que o Harry me deu aqueles comprimidos me bateu um sono e eu acabeu por acordar agora. Presumo que seja um novo dia, mas para mim continuará sendo como todos os outros.

- Olá Catherine! - levei um susto ao ser tirada dos meus devaneios pela voz rouca do Harry. Olhei-o e murmurei um simples "Oi".

- Então, aqui está sua comida- abaixou me entregando um copo plástico com suco e uma maçã.

- Como anda a sua dor nas costas?- perguntou-me. Só então voltei a lembrar da dor física. Me levantei e tudo o que eu sentia era uma dor fraca e cansada.

- Está melhor! Eu já consigo me mover sozinha e tudo o que eu sinto é um cansaço nas costas- desta vez formulei uma resposta maior.

- Okay!- respondeu breve e foi até a mesinha que tem próxima a saída, onde eu peguei o bloco de papel.
Comi a maçã e dei apenas dois goles no suco, tentando imaginar o porque de o Harry estar falante. Seria isso um sinal de bom humor? Estranho! Desde que eu cheguei aqui o Harry nunca teve esse "excesso" de fala para comigo e ele até abaixou para me entregar a comida ao invés de apenas esticar o braço. Algo está concerteza muito estranho.

- Harry!- chamei com um tom de voz um pouco alto para ele me escutar de onde estava. Então ele veio andando na minha direção.

- Oi?- falou chegando perto do colchão e olhando para mim, que me encontrava sentada.

- Quando eu vou ligar de novo para o meu pai?- perguntei ansiosa por sua resposta.

- Eu não sei- respondeu breve e olhou pra mim que me encontrava olhando para ele, então nossos olhares se cruzaram.

- Como não sabe?- ele tinha que saber, a menos que tenha alguém por trás dele e eu queria muito saber se tinha.

- Sabia que não iria ficar livre de perguntas- ele sussurrou para si próprio desviando o olhar por alguns segundos, porém eu ouvi.
Mas é claro que eu iria perguntar, tantas coisas acontecendo comigo é claro que eu quero saber quando eu vou contatar o meu pai novamente, isso é uma luz pra mim, eu poderia dar um jeito de quando eu ligar pra ele de novo falar em uma espécie de código com palavras, mas que tenha sentido a conversa.
O Harry continuava a olhar pra mim, e eu continuava a olhar pra ele, tentando encontrar alguma resposta no imenso verde dos seus olhos, algo por trás deles me mostrava que algo errado havia acontecido ao Harry, não hoje ou agora, mas o seu olhar tinha uma espécie de.. mágoa? Talvez, mas apenas talvez o seu olhar parece ter uma mágoa assim como o meu que tanto tento disfarçar, mas na maioria das vezes é notório. Será?

- Olha, você vai voltar a falar com o seu pai okay?- ele quebrou o silêncio em que nos encontravamos.

- Tudo bem- eu assenti, triste pela falta de informação.

Stockholm Syndrome ( Harry Styles fanfic)Onde histórias criam vida. Descubra agora