Destinos Entrelaçados: Além das Fronteiras

PROTEÇÃO

- Narrado por Raphael

Desde o momento em que chegamos ao show do Raffa Torres, senti uma sensação reconfortante ao ver a Vitória ali, ao meu lado. Seu sorriso iluminava todo o ambiente. Enquanto o show começava e a música "Libera Ela" ecoava pelo local, meus olhos se fixaram em Vick quando ela começou a cantar junto. Eu me senti cativado por sua voz doce e pela maneira como ela se entregava à música.

Porém, nossa noite tomou um rumo inesperado quando um homem tentou forçar um beijo na Vitória. O instinto protetor imediatamente tomou conta de mim, e eu me coloquei entre eles, defendendo-a. A raiva e o desgosto se misturaram dentro de mim ao testemunhar tal ato.

Acompanhar Vick até a delegacia não foi fácil. Eu sabia que ela estava abalada e com medo, mas eu estava determinado a apoiá-la em cada passo do caminho. Estar ao seu lado naquela sala fria, vendo-a lidar com a papelada burocrática, reforçou ainda mais meu desejo de protegê-la.

Enquanto Vick enfrentava suas emoções, eu mantive minha postura firme ao seu lado, segurando sua mão com suavidade e transmitindo a ela uma sensação de segurança. Eu queria que ela soubesse que não estava sozinha, que eu estaria ali para enfrentar qualquer adversidade junto dela. Narrar toda essa experiência me fez perceber a força e a coragem de Vitória. Ela mostrou uma resiliência admirável diante de um acontecimento tão traumático. Sua determinação em superar essa situação e encontrar sua voz novamente era inspiradora.

Enquanto deixávamos a delegacia, eu senti uma mistura de emoções. Havia uma mistura de alívio por termos passado por aquilo juntos e uma profunda gratidão por ter Vick em minha vida. Eu estava disposto a fazer o que fosse necessário para protegê-la e ajudá-la a se recuperar.

Eu estava determinado a continuar sendo o porto seguro dela, mesmo que ela ainda não soubesse dos sentimentos que eu nutria por ela.

Enquanto dirigia de volta, meus pensamentos giravam em torno de tudo que aconteceu. Chegando à casa dela, ajudei Vick a sair do carro e a acompanhei até a porta.

"Rapha, obrigada por tudo hoje", ela disse, sua voz suave e cheia de gratidão.

"Não precisa agradecer, Vi", respondi, segurando sua mão por mais um momento. "Estou aqui porque me importo com você."

Enquanto ela entrava e fechava a porta, fiquei parado por um momento, absorvendo tudo o que havia acontecido. A noite tinha sido uma montanha-russa de emoções, mas uma coisa era certa: eu faria qualquer coisa por essa menina. Eu estava mais determinado do que nunca a proteger-la e a estar ao seu lado em todos os momentos.