NOITE DE HISTORIAS

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A noite começou a cair lentamente, pintando o céu com tons de laranja e rosa. Scarpa se despediu, prometendo voltar em breve para mais momentos como aquele. Raphael, Luana, Piquerez e eu decidimos prolongar a noite. Uma ideia surgiu: preparar alguns petiscos e abrir uma garrafa de vinho.

"Vamos montar uns petiscos?" sugeri, animada.

"Ótima ideia!" respondeu Luana. "Vou pegar o vinho para acompanhar"

Raphael e Piquerez concordaram imediatamente, e nos dividimos para preparar a comida.

"Vamos fazer una tabla de queijos y embutidos," disse Joaco enquanto procurava os ingredientes.

"Isso, amiguinho! Mostre seu talento," incentivou Rapha, rindo. "Eu cuido dos
frios."

Enquanto isso, Luana e eu começamos a cortar frutas e preparar uma tábua de frios. A cozinha estava cheia de risadas e conversas, cada um contribuindo com suas histórias e piadas. Finalmente, com tudo pronto, pegamos a comida e o vinho e nos dirigimos para a varanda. A brisa fresca da noite nos envolvia. Sentamos em cadeiras confortáveis, e Luana começou a servir o vinho, enquanto Piquerez distribuía os petiscos.

"Vamos brindar a esta noite incrível," disse Luana, levantando sua taça. Todos nós a acompanhamos, brindando com sorrisos nos rostos.

Conforme a noite avançava, começamos a contar histórias e compartilhar momentos hilários. Rapha iniciou, relembrando uma situação engraçada de sua infância.

"Quando eu era criança, eu tinha um medo enorme de palhaços," começou ele, rindo. "Uma vez, minha mãe fez minha  festa de aniversário, um palhaço apareceu de surpresa e eu saí correndo, tropecei em uma cadeira e acabei derrubando o bolo inteiro no chão."

"Não acredito" exclamei, rindo alto. "Como você superou esse medo?"

"Bem, depois de muitas festas com palhaços, acabei me acostumando," ele respondeu, ainda rindo. "Mas essa história virou uma piada na família."

Luana então contou uma história de um encontro desastroso.

"Pior eu que uma vez saí com um cara que conheci," começou ela.

"Já no estou gostando dessa história" interrompe Piquerez, fingindo braveza

"Parecia tudo bem até ele começar a falar sobre como estava em contato com alienígenas e que tinha certeza de que o governo estava escondendo a verdade.", continuou Luana

"Se fud*u. Isso que da não ter me esperado" exclama Piquerez, entre risos. "E o que você fez?"

"Fingi uma ligação de emergência e saí o mais rápido possível," respondeu ela, rindo. "Foi a noite mais bizarra da minha vida."

Piquerez, sempre com sua mistura de idiomas, contou uma história de sua infância no Uruguai.

"Cuando era niño, meu pai me levou para pescar," começou ele, com um sorriso. "Ficamos o dia todo en el lago, pero no pescamos nada. De repente, uma grande tortuga apareció e mordeu a linha. Eu fiquei tão assustado que solté a vara e saí correndo, gritando '¡Una tortuga monstruo!'"

"Eita como é o macho alfa" disse Rapha, rindo tanto que mal conseguia falar.

Entre risos e goles de vinho, percebi que ainda não havia contado minha história. Todos me olharam, esperando algo.

"Ok, agora é minha vez," comecei, sorrindo. "Quando eu tinha uns seis anos, eu estava completamente obcecada com a ideia de ser uma sereia. Eu assistia todos os filmes, lia todos os livros e insistia que eu poderia nadar com uma cauda de sereia. Um dia, minha mãe me comprou uma cauda de sereia de brinquedo. Era linda, toda brilhante e cheia de lantejoulas. Eu decidi que ia fazer um teste na piscina do clube onde íamos. Coloquei a cauda e fui para a água. Só que eu não sabia nadar direito com aquela coisa."

"Imagino a cena," disse Luana, rindo. "Você conseguiu nadar?"

"Não mesmo! Eu me debati tanto que parecia mais um peixe fora d'água do que uma sereia graciosa. Meu pai teve que pular na piscina e me resgatar. A partir desse dia, meus pais proibiram qualquer brincadeira de sereia."

Todos riram, e o riso era contagiante. Rapha me olhou com carinho, e Piquerez bateu palmas em aprovação.

"Uma pequena sirenita en apuros!" disse Piquerez, ainda rindo.

Destinos Entrelaçados: Além das FronteirasOnde histórias criam vida. Descubra agora