4° Capítulo

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Katy

07:10

Minha cara deve estar igual o cão. Quem consegue dormir direito na casa de um desconhecido?

Levantei rápido, arrumei a cama e minha mochila. Não preciso de um banho agora, mas preciso escovar os dentes.

Coloco a mão direita na maçaneta mas logo paro quando vejo que há alguém dentro do banheiro.

-Me desculpe! - Ele não responde.

Meu Deus, que vergonha.

Minutos depois ele sai só com uma toalha enrolada na cintura... vamos Katy, mexa-se, você tá parecendo uma psicopata aí parada.

-Pode entrar.

Só balanço a cabeça, acho que não consigo falar muita coisa agora. Depois disso acho que vou precisar mesmo de um banho, apagar o fogo.

Oh, o calor.

13 minutos depois...

-Está pronta? - Concordo com a cabeça.

Como o mesmo disse, ele vai me levar para a casa de sua mãe e depois nos levar até a casa da tia da Tânia. Andamos por um caminho estranho mas muito lindo! Meu gosto por coisas assim é estranho. Estava tudo indo muito bem, até eu tropeçar em uma pedra e cair de cara na terra seca. Joseph virou-se para me olhar segurando no chão como se fosse passar dele.

Ele me ajudou a levantar.

Eu já passei muita vergonha em menos de 24horas.

-Esse é o momento que você me mata e enterra meu corpo por aqui mesmo. - Digo quando voltamos a andar.

-Eu não vou matar você.

-Obrigada.

Andamos por mais uns 12 minutos até chegarmos em um lugar aberto. Havia um carro e uma estrada de terra.

-Vem. - Ele me leva até o carro. - Entra.

Faço o que ele pediu.

Alguns minutos de estrada e já estamos parando o carro em frente á um grande portão no meio do mato.

Bom, já estamos na civilização, mas a casa de sua mãe fica bem afastada.

Ele desce do carro e eu faço o mesmo.

-Se isso for uma armadilha eu vou matar você.

-Se eu fosse matar você, já teria feito isso a muito tempo.

-Acho bom. - Ele balança a cabeça em negação.

Assim que passamos pela porta vejo um dos homens vindo em nossa direção. Deixo as sobrancelhas franzidas.

-Achou elas?

-Sim, estão lá em cima no quarto de hóspedes.

-Ok. - Ele me olha - Vamos, vou te levar até suas amigas.

Subo as escadas pensando que isso realmente pode ser uma armadilha. Tipo, eles nem se falaram direito! Pareciam se comunicar através da mente.

Ele bate na porta.

-Entra! - Toda a desconfiança some quando ouço a voz da Kyra.

Ele me olha como se falasse:

"Eu não te disse"

-Tá tá, obrigada.

-Eu vou lá falar com meus irmãos.

Entro no quarto em um pulo me jogando em cima dessas doidas.

O Acordo [Em Revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora