-Bill Denbrough|amor não correspondido

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Bill tentava se concentrar na conversa que acontecia ao seu redor, tentando ignorar a presença constante de S/n e Beverly. Mas era mais difícil do que ele imaginou. Beverly não parava de rir e fazer piadas, e S/n parecia estar se divertindo muito.

Bill tentou parecer feliz, mas foi incapaz de lidar com os sentimentos que estava enfrentando. Ele nunca havia sentido isso antes, e não sabia como lidar com isso. Cada risada de Beverly o fazia se sentir mais inadequado e inseguro, e cada toque carinhoso que S/n dava a Beverly, o deixava desesperado de ciúmes.

Finalmente, ele não conseguiu mais. Bill se levantou da mesa e caminhou em direção ao banheiro mais próximo. Ele trancou a porta atrás de si e se sentou no chão, com as costas apoiadas contra a pia.

Ele tentou segurar as lágrimas, mas elas rapidamente começaram a escorrer por seu rosto. Bill soluçou, tentando controlar suas emoções.

Foi então que ele ouviu um toque suave na porta. "Bill?" era a voz de Eddie. "Tudo bem aí?"

Bill limpou as lágrimas com as costas das mãos. "Sim, eu estou bem", ele mentiu.

Eddie suspirou. "Você sabe que pode falar conosco, né?"

Bill não respondeu imediatamente, mas depois de alguns minutos ele se levantou do chão e destrancou a porta. Eddie estava lá, com uma expressão séria.

"Por que você saiu daqui daquele jeito?" perguntou Eddie.

Bill sacudiu a cabeça e tentou evitar o olhar de Eddie. "Não é nada, é só... É só que eu me sinto um pouco deslocado, sabe? Eu quero ser a pessoa com quem S/n está se divertindo."

Eddie olhou para ele, avaliando sua resposta. "Isso não é tudo, Bill. Você está claramente chateado. E nós somos seus amigos, você pode contar conosco."

Bill respirou fundo e fechou os olhos por um momento. Finalmente, ele decidiu que era hora de se abrir. "Eu gosto da S/n", ele disse, sua voz mal articulada pelo choro. "E eu sei que ela está namorando a Beverly, mas eu não posso deixar de sentir o que sinto."

Eddie se aproximou de Bill, colocando a mão em seu ombro. "Ei, olha para mim. Eu sei que é difícil, mas você não pode controlar seus sentimentos. Só porque ela está namorando alguém não significa que você não pode sentir algo por ela. E, quem sabe, talvez um dia ela perceba que deveria estar com você."

Bill suspirou, sentindo um pouco de alívio ao ouvir as palavras de Eddie. "Eu não sei, Eddie. Parece impossível, sabe? Parece que eu estou fadado a ser só o amigo de sempre, enquanto ela está com a pessoa que ela realmente quer."

Eddie sorriu carinhosamente. "Você nunca sabe o que o futuro pode trazer, Bill. Eu acredito em você."

Os dias que se seguiram foram difíceis para Bill. Ele se sentia preso em um loop interminável de ciúmes e tristeza. Ele tentou se manter afastado de S/n e Beverly, mas isso parecia apenas piorar as coisas. A única coisa que parecia ajudar era conversar com Eddie e os outros, que o ouviam com atenção e mostravam compaixão.

Finalmente, chegou o dia em que S/n e Beverly terminaram. Bill não podia evitar sentir uma pontada de felicidade e esperança ao ouvir a notícia. Ele sabia que não era certo, mas não podia deixar de sentir que essa era uma oportunidade para ele.

Algumas semanas depois, ele finalmente decidiu se abrir para S/n. Ele a encontrou fora da escola, esperando pelo ônibus, e se aproximou dela.

"Ei, S/n?" ele disse, nervosamente.

S/n se virou e sorriu para ele. "Oi, Bill. Como você está?"

Bill respirou fundo. "Eu me sinto mal por estar dizendo isso, mas... Eu gosto de você, S/n. Eu não queria esconder isso mais."

S/n ficou em silêncio por um momento. Ele podia ver a hesitação em seus olhos. "Bill, eu... Eu aprecio você como amigo, mas eu não vejo você de uma forma romântica, sabe?"

Bill deu um sorriso triste. "Eu sei. Eu só queria que você soubesse como eu me sinto. Não precisa responder nada agora, eu só precisava dizer isso em voz alta."

S/n se aproximou dele e o abraçou. "Eu sinto muito, Bill. Mas eu valorizo muito nossa amizade e não quero que isso mude."

Bill concordou, deixando uma lágrima escapar por sua bochecha. Ele sabia que seria difícil superar seus sentimentos por S/n, mas sabia que agora eles pelo menos eram honestos. E talvez, um dia, ele pudesse encontrar alguém que o amasse da mesma maneira que ele amava S/n.

"Obrigado por ser tão compreensiva", ele disse a S/n enquanto se afastavam. "Eu nunca vou esquecer isso."

S/n sorriu. "Nós sempre seremos amigos, Bill."

Bill concordou, virando para caminhar em direção à sua casa. Ele sabia que precisava de tempo para curar, mas pelo menos agora ele tinha algo em que se segurar.

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