-Bill Denbrough | cicatrizes a mais (continuação)

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Após meses das filmagens do filme sobre Stanley, o amigo morto de Bill e S/n, os dois jovens encontravam-se em casa, mais precisamente no quarto. S/n estava diante do espelho, admirando a si mesma em lingerie. No entanto, ela não conseguia deixar de odiar suas 28 cicatrizes, apesar de Bill e Stanley a amarem exatamente como ela era.

Observando-a em silêncio, Bill permanecia parado no batente da porta, percorrendo as 28 cicatrizes com os olhos. Foi então que ele notou duas cicatrizes a mais, tanto no pulso direito como no pulso esquerdo de S/n. Um misto de tristeza e preocupação invadiu seu coração, lembrando-o do dia em que Stanley tirou a própria vida.

"32 c-c-cicatrizes", Bill gaguejou, as lágrimas inundando seus olhos. A dor da perda estava ressurgindo, e a visão das cicatrizes de S/n apenas acentuava esse sentimento.

S/n percebeu a reação de Bill e se virou para encará-lo. A tristeza em seus olhos era palpável quando ela disse: "Eu sinto falta dele, Bill. Sinto falta de Stanley."

O desespero tomou conta de Bill, ele não podia suportar a ideia de perder S/n também. Ele a abraçou com força, implorando: "Por favor, não faça isso. Não se machuque, minha querida."

As palavras de Bill foram carregadas de afeto e desespero, uma tentativa desesperada de evitar a repetição da tragédia que marcou sua vida. No entanto, ele não podia negar a tempestade de memórias que o invadiu naquele instante.

As lembranças do primeiro dia em que Bill chorou por conta de Stanley encheram sua mente. "Eu não consigo confiar nela, Bill. Acho que não ficaremos juntos", Stanley confidenciara a seu amigo naquela ocasião. No entanto, apesar de todas as dúvidas e hesitações, Bill e S/n haviam se casado. Eles se encontraram nas profundezas de sua tristeza compartilhada, ambos marcados pela perda de Stanley.

Agora, no momento presente, Bill segurava S/n como se ela fosse o seu último raio de esperança. Ele sabia que o amor deles era frágil, um fio delicado que ameaçava romper a qualquer momento. Mas ele não conseguia abandonar a mulher que compartilhava sua dor.

"Eu também sinto sua falta, meu amor", Bill murmurou, beijando os cabelos de S/n suavemente. "Eu sinto falta de Stanley todos os dias, e essa dor nunca irá embora. Mas temos um ao outro, e juntos podemos encontrar forças para continuar."

S/n ergueu o rosto, encarando Bill com olhos marejados de lágrimas. Ela se sentia consumida pela tristeza, mas também sentia um amor profundo e inquebrantável pelo homem que a segurava. "Você tem razão, Bill. Nós nos apoiamos mutuamente, e é isso que nos mantém unidos mesmo nos momentos mais difíceis."

Eles permaneceram ali, abraçados, enquanto a dor da perda se misturava ao amor que compartilhavam. As cicatrizes davam testemunho das batalhas que enfrentaram, das feridas emocionais que carregavam consigo. Mas eles estavam determinados a superar tudo juntos, encontrando conforto nos braços um do outro.

A noite se estendeu, e Bill e S/n permaneceram lado a lado, enfrentando suas próprias tormentas interiores. Eles sabiam que havia muito trabalho a ser feito para curar suas feridas, mas também encontravam forças um no outro.

A morte de Stanley os havia marcado para sempre, mas eles carregariam essa dor como um lembrete de que a vida é preciosa e fugaz. Eles estavam determinados a honrar o espírito de seu amigo, buscando a felicidade e a paz que ele não pôde encontrar.

À medida que a noite avançava, o silêncio no quarto se tornou reconfortante. Eles haviam compartilhado suas tristezas, expondo suas vulnerabilidades um ao outro. Agora, havia uma sensação de calma e aceitação mútua.

"Eu te amo, S/n", Bill disse suavemente, acariciando o rosto de sua esposa. "Prometo estar ao seu lado, não importa o quão difícil a jornada possa ser."

S/n sorriu, finalmente sentindo uma luz brilhar dentro dela. "Eu também te amo, Bill. Vamos enfrentar o amanhã juntos, sempre."

E assim eles adormeceram, entrelaçados em um amor que os unia através das cicatrizes e da dor. Juntos, eles encontraram uma razão para continuar, fazendo de suas histórias pessoais um tributo ao amigo que partiu e um lembrete de que a vida sempre merece ser vivida.

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