-Beverly Marsh |Escondendo os sentimentos para felicidade de outros

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Beverly acendeu mais um baseado, tentando afogar seus sentimentos por S/n. Ela jogou a fumaça para o alto, vendo-a subir até as estrelas em uma espiral cinza. O vento frio do inverno fez sua pele arrepiar, e ela pegou o casaco com mais força.

Quando ouviu passos vindo da rua, Beverly se encolheu no canto do beco, tentando se esconder. Ela tossiu, e a pessoa do outro lado olhou na direção dela. Era S/n, a garota por quem ela estava apaixonada.

S/n olhou para Beverly com uma expressão confusa no rosto. "Você precisa de ajuda?", perguntou ela.

Beverly tossiu novamente e acenou com a cabeça, seus olhos ainda vermelhos de chorar. "Eu não sei o que eu estou fazendo aqui", confessou ela. "Eu só precisava de um lugar para pensar."

S/n sentou-se ao lado dela e pegou o baseado, dando uma tragada. "Eu sei o que é isso", disse ela. "Às vezes, é bom ter um momento para si mesmo."

Beverly olhou para ela, hipnotizada pela forma como sua boca formava as palavras. "Você é tão bonita", disse ela, sem pensar nas consequências.

S/n olhou para ela com surpresa. "O que?"

Beverly se apressou em corrigir sua própria tolice. "Eu quero dizer, você é bonita, mas isso não importa. Eu sou uma idiota por pensar algo assim."

S/n riu baixinho. "Tudo bem, eu entendo. Eu sou hetero, mas eu sempre me sinto lisonjeada quando alguém me elogia."

Elas continuaram fumando em silêncio por alguns minutos, Beverly ainda olhando em admiração para S/n. Ela estava prestes a confessar seus sentimentos novamente, mas S/n falou primeiro.

"Eu terminei com o Bill", disse ela, seus olhos fixos no baseado. "Ele disse que está apaixonado por mim e pelo Stanley. Eu não sei o que fazer."

Beverly pegou o baseado e deu uma tragada, tentando organizar seus pensamentos. "E como você se sente?", perguntou ela.

S/n suspirou. "Eu não sei. Eu amo o Bill, mas eu não sei se posso aceitar isso. Eu amo o Stanley como amigo, mas não sei se ele é a pessoa certa para mim."

Beverly olhou para ela com simpatia. "Eu sei como é. Eu estou apaixonada por você desde a primeira vez que te vi, mas eu não posso forçar meus sentimentos em você."

S/n olhou para ela com surpresa. "Você está apaixonada por mim? Por que não me disse antes?"

Beverly balançou a cabeça. "Porque eu sabia que você não sentia o mesmo. E eu não queria perder sua amizade."

S/n colocou a mão em cima da dela. "Eu valorizo nossa amizade, Beverly. Mas eu não posso mudar meus sentimentos. Eu gosto de você como amiga, mas não posso ser mais do que isso."

Beverly balançou a cabeça, sabendo que isso era o que ela já esperava. Mas foi doloroso ouvir isso, mesmo assim. "Eu entendo. Desculpa se eu te fiz sentir desconfortável."

S/n sorriu com carinho. "Não tem problema. Eu estou feliz que você me disse a verdade. Isso prova que somos verdadeiras amigas."

Ela pegou o baseado novamente e deu a Beverly, que se sentiu uma tola por ter confessado seus sentimentos. Ela preferia manter seus sentimentos no fundo de seu coração.

Mas então elas ouviram dois gritos vindo da direção do parque. Era Bill e Stanley.

As garotas correram para lá, preocupadas. Quando chegaram, viram Bill chorando em um banco, enquanto Stanley tentava consolá-lo.

"O que aconteceu?", perguntou Beverly, correndo até eles.

Stanley olhou para ela, seus olhos brilhando em reconhecimento. "Beverly. S/n. O Bill confessou seus sentimentos para mim e para S/n. E ele está muito mal."

Beverly olhou para Bill, seu coração apertado pela tristeza dele. "Eu sinto muito, Bill. Você sabe que eu estou aqui para você, certo?"

Bill acenou com a cabeça, seus olhos vermelhos de tanto chorar. "Eu amo vocês dois. Eu não sei o que fazer."

S/n sentou-se ao lado dele e pegou sua mão. "Nós te amamos também, Bill. Nós queremos te ajudar a superar isso."

Beverly se juntou a eles, sua mão no ombro de Bill. "Você não está sozinho, Bill. Nós estamos aqui para te apoiar."

Os quatro ficaram sentados no banco, se abraçando e deixando suas emoções se misturarem em um conforto mútuo. Eles sabiam que a vida seria difícil, mas eles tinham uns aos outros, e isso era suficiente para carregá-los adiante.

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