Capítulo 12

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Se eu estivesse sozinho, se eu não te conhecesse
Talvez eu tivesse desistido, perdido no meio do mar
Mas meu coração ainda está em chamas, com um desejo ardente
Vou te encontrar de novo, como destino

Eu queria que você me (me) amasse (amasse)
Como amou ontem, não solte minha mão
E toda vez que meu coração (coração) bater (bater)
Mova seus pés no mesmo ritmo, para que você nunca mais se perca

Eu sinto o destino em você, você, você, você, você
Sinto o destino em mim, mim, mim, mim

Heartbeat (BTS)


Ares/On

Eu sentia meu sangue ferver. Lembrava a mim mesmo da missão, aquilo que prometi a Afrodite.

"Eu vou protege-la."

Agora?

Me encontro olhando o ser miserável que a levou.

- Ares. – Apolo me olha com as mãos estendidas, em um claro sinal de paz.

- Desgraçado! - Eu sinto o poder. Eu sou o caos e a destruição.

- Espere, sobrinho! – Meu tio, Poseidon me para com uma barreira de água, antes que eu destroce o desgraçado do meu meio irmão favoritinho.

- Onde ela está? – Minhas palavras são um estrondo e sinto o chão tremer sob meus pés, ao mesmo tempo em que a fúria toma conta de mim.

"Estou perdendo o controle."

Minha razão me alerta, e eu sei o quão perigoso isso é. Sou a premonição do caos, carrego o poder de Caos dentro de mim. O primeiro deus supremo, que foi selado em Zeus e liberto por mim e Atena, quando fomos presos por nosso pai antes de nascermos.

- Calma, sobrinho. Não pode permitir que o Caos em você seja liberto, meu filho.

- A perdi uma vez, não vou cometer o mesmo erro. – Sei que meus olhos estão em chamas ardentes e meus dedos formigam. Estou em colapso! – Vou perguntar uma última vez, Apollo. – Sinto que vou entrar em efervescência. – Onde está a Dóris? Onde ela está?

Aconteceu...

Caos foi liberto, não tenho mais o controle, estou colapsando.

As paredes estão ruindo do reino de Atlântida, mas a água não ultrapassa os limites, estou impedindo, pois, o Caos, não é o Caos sem a aniquilação. O jogo contra a pilastra e sinto seus ossos cederem. Sinto todos quebrarem, e adoro essa sensação.

O filho do Caos, sendo o Caos.

- Por favor, sobrinho.

- Papai, o que está acontecendo? – Como um interruptor dentro de mim, sinto as emoções cederem, assim que meus olhos pousam no menininho de cabelos dourados, pele clara e os olhinhos característicos de nossa família sair de um dos corredores com um golfinho de pelúcia em mãos.

Tritão. Meu primo, filho de Poseidon e sua falecida esposa, Anfitrite.

- Onde ela está, Apolo? – Meus olhos se voltam a cor comum, e reverto o Caos, o voltando a ser preso em mim. As paredes, antes cedidas a água, agora retornam a suas instalações normais. E o poder volta a seu eixo, sua linha temporal anterior.

- Com minha irmã, na ilha de Delos. Nossa casa. – Apolo tossiu sangue, e grunhiu em sofrimento, e aquilo não me abalou nem por um momento. – Não a levei a Zeus. Ela é aquela que nos libertará. Como poderia, irmão? – Ele sorriu desmaiando. – Somos uma família, estranha, mas uma família.

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