Capítulo 2

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Eu sei que você está hesitante
Porque mesmo se eu te contar a verdade, ela voltará em forma de cicatriz
Eu não direi clichês como: Seja forte
Eu vou te contar, te contar a minha história

O que eu te disse?
Eu disse que você superaria
Eu não podia acreditar (de verdade)
Se seríamos capazes de superar ou não
Isso não é uma miragem
Nós conseguimos
(Não) eu sempre estive aqui
Você veio até mim
Eu acredito em sua galáxia
Eu quero ouvir sua melodia
As estrelas em sua galáxia
Como elas aparecerão no seu céu
Não se esqueça que no final do meu desespero
Eu encontrei você
Você é minha última razão
Em pé na borda do precipício
Viva

Dias em que você odeia ser você
Dias em que você quer desaparecer
Vamos fazer uma porta no seu coração
Se você abrir essa porta e entrar
Eu estarei lá, esperando por você
Tudo bem se você acreditar, isso vai te confortar, essa loja mágica

Enquanto você bebe um copo de chá morno
Enquanto você olha para a galáxia
Você ficará bem, oh, esta é uma loja mágica

Então me mostre
(Eu vou te mostrar)
Então me mostre
(Eu vou te mostrar)
Então me mostre
(Eu vou te mostrar)
Te mostrar, te mostrar

Magic Shop - BTS

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Caminhava calmamente pela praia já parcialmente clareada pelo sol, que se escondia por entre a neblina densa e fina de final do inverno, e assim, fazia uma paisagem nebulosa e uma aura pesada me causar calafrios e medo. Meu estômago se embrulhou e a ânsia chegava a minha garganta com o mar ficando revolto e a maré aumentando do nada, de forma perigosa e amedrontadora. Ao mesmo tempo a neblina se dissipava pelo calor do sol, que se infiltrava, mostrando uma tempestade tropical ao longe no horizonte, dramatizado pelas nuvens mescladas de forma superficial, umas as outras, que lutavam contra o sol para permanecer. Algo completamente estranho para essa época do ano, e assim do nada. Decidi me afastar aturdida, na medida que a água começou a bater em meu tornozelo, e o banco de areia que estava começou a me puxar para mais dentro do mar, como uma corrente magnetizada. Porém, algo me chamou a atenção, nas ondas altas que se formavam chegando a borda da praia. Parecia um animal, ou algum objeto grande e brilhoso, não sabia distinguir o que era, pois, o medo me tomou, quando aquilo começou a se aproximar rapidamente para a beirada aonde eu estava, como se fosse trazido propositalmente pela correnteza. Me afastei mais rápido pensando que poderia ser um tubarão, mas logo recobrando minha sanidade, pois não há tubarões no Mediterrâneo, principalmente aqui no Leste do Mediterrâneo. Mas poderia ser outro animal, ou algo perigoso. Com todo esse turbilhão de probabilidades que incendiavam minha mente e atacava minha adrenalina, afastei-me correndo, pois, a maré também continuava subindo rapidamente, fazendo assim, eu me virar para correr com mais precisão para longe do mar.

- ARGHHH!! - Algo urrou atrás de mim, fazendo eu me virar, desta vez para o mar, e procurar a fonte do barulho. Com isso, o coque que havia feito em meu cabelo se desfez impedindo minha total visão da "coisa" não identificada na água que se movia.

Assim que tirei o cabelo revolto pelos ventos contrários do meu rosto, puder ver melhor a "coisa" não identificada, que na verdade era um homem bem alto e de porte atlético e medieval, que trajava uma armadura gladiadora, porém brilhosa. Ela era curta, e recobria apenas seu abdômen de forma robusta, deixando suas coxas e panturrilhas grossas amostra. O mesmo, também se encontrava com um tipo de bota dourada que parecia ter sido feita a mão, de tão bem detalhada e adornada que era, com toques de artesanatos em ouro e prata. Assim como o resto de sua armadura, tão bem esculpida e ornamentada com pedras e correntes de aço que se prendia dos ombros até o cós do short saia da armadura, que parecia ser feito de cetim e linho branco, porém que se encontravam amarelados pela areia. Meu olhar logo bateu em seu rosto, apavorada e extasiada. Seus cabelos médios e negros como a noite estavam totalmente molhados e tapavam boa parte de seu rosto oval para arredondado, com um arranhão na bochecha direita, perto dos olhos, que tinha sangue seco. Ele possuía um maxilar exposto bem esculpido e quadrado, que se destacava com nariz anguloso e grande, que dava a ele um ar quase exótico. Ele puxava o ar com dificuldade, expondo dois dentinhos brancos e grandes, na medida que sua mão apertava a região lombar de seu abdômen e me olhava em descrença, como se estivesse vendo um fantasma. Se bem que, isso seria normal da minha parte, não? Ver um maluco vestido de gladiador, e ainda machucado não é algo normal. É quase como ser atingido por um raio, que curiosamente não se fazia mais presente. O tempo havia aberto e o sol já dava as caras de forma intensa, porém, ainda um pouco nebulosa.

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