Vincent Lancaster era um menino que achava que era normal, até que no seu aniversário de 12 anos ele tem um sonho mais do que maluco e totalmente sem explicações.
Ámbar Blanchard era uma menina de 11 anos que sonhava em ser exploradora que nem seus...
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Meus olhos se reviram ao ver meu irmão brincar com o arco e flecha. Estou irritado demais com ele.
Eu quero treinar!
Também acordei de mau humor porque hoje faz 10 anos que os meus pais foram mortos. Queria poder lembrar das suas feições, dos olhos deles, das suas vozes...
Mas eu não consigo. O que é muito triste.
Às vezes, meu pai adotivo costuma contar sobre eles e falar sobre o quanto meu pai era corajoso, o quanto a minha mãe era gentil.
Só quero treinar com o bendito do arco o mais rápido possível e o Harry simplesmente não acaba. Eu quero treinar logo para poder ficar sozinho. Eu preciso ficar solitário hoje. Eu necessito, na verdade.
Acho que pra evitar passar tanta raiva assim eu deveria ter ficado na minha cama. Dormir definitivamente é a solução para todos os meus problemas.
— Harry! Termina logo com esse arco. Eu também preciso treinar! Se você não acabar logo com isso, eu vou pra casa. Não aguento mais ter que ficar esperando. — Eu falo irritado e quase implorando para ele parar de treinar.
— Nossa, Zion, você tá muito apressado hoje! Não tem nem 1 hora que eu tô treinando. Mas toma aqui, já que você precisa usar, sr. Apressadinho. — Só de ouvir essa voz chata dele, minha cabeça roda. Harry me entrega o arco e se encosta em uma árvore para me assistir.
— Sempre. Não é à toa que eu nasci primeiro! Finalmente, lerdo! Agora chegou a minha vez de arrasar.
— Sério, Zion? Você não sabe falar em outro assunto! Por Theos, é impressionante o quanto você se acha superior que os outros.
— Eu sempre irei tocar nesse assunto. Eu amo lembrar que sou mais velho do que você por 5 minutos! Ver você irritado me alegra absurdamente. Eu te odeio, esqueceu disso? — Falo rindo, só para colocar mais lenha na fogueira e deixá-lo ainda mais furioso. — Ah, e sentir superior é de família. O papai também era assim.
— Por que você é assim, hein? — Meu irmão desencosta do tronco espesso do abeto e sai batendo os pés. — Pai! O Zion começou a zombar de mim de novo! — Por que esse menino não leva as coisas na brincadeira?
— Zion! — Meu pai adotivo fala. — Pare já com isso! Senão, eu mando você ir estudar heráldica! E não fará mais aula de espada e arco e flecha.
— Tá bom, pai! Eu irei parar! — Suspiro profundamente e reviro os olhos. Por que esse menino não sabe brincar? A burrice do meu irmão me irrita. — E alguém pode me dizer por que existe esse estudo de brasões? Que estudo entediante! As armas são muito mais legais do que brasões. Não consigo entender como alguém pode gostar disso.
— Não sei. Se quiser reclamar, reclame com a sua mentora! Eu não me importo e nem quero me importar com isso. — Meu pai fala e continua sentado, lendo seu livro.
