Final de semana- Visão Polônia

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  Só estava eu e a Romênia correndo enquanto fugiamos de vizinhos irritados, rindo alto e escorregando no caminho. O Hungria tinha sumido de vista a um tempo atrás, ele podia ter avisado pelo menos né?

  Depois de uma longa corrida decidimos parar um pouco, ficamos sentados no banco da pracinha conversando.

— Bem que a gente podia pegar algo pra comer né?

— Pse, eu to morrendo de fome

— Vamo passa lá em casa, eu peço pro meu pai preparar alguma coisa pra gente!

— Eu topo!

  Voltamos a correr, disputando quem chegava primeiro até a casa dela, ela era bem rápida e chegou lá como um trovão, isso era bem impressionante!

— Ha! eu ganhei!

— Eu te deixei ganhar, ok?

— Aham, sei

— Como um cavalheiro que eu sou é minha função te deixar ganhar

— Escorregar e cair no meio do caminho fazia parte da sua função?

— Sim, foi tudo planejado!

  Rimos bastante, então ela bateu na porta da casa e o pai dela abriu, a gente entrou e ficamos brincando na sala enquanto o pai dela fazia um lanche pra gente. Ele voltou com pão com queijo e trouxe para gente, tava muito bom!


— Tava muito bom!

— Já comeu tudo? mo esfomeado

— É que eu sou mais rápido que qualquer um, não perco tempo!

— É um esfomeado, isso sim

— Que nada, você que demora pra comer

— Obvio, eu tenho classe pra comer, você não

— Bora logo pra gente ir lá fora brincar

— Ta, calma

  Continuamos conversando enquanto ela comia, rimos um pouco, foi divertido. Ela finalmente acabou de comer e avisou o pai que iríamos lá fora novamente pra brincar, ele acenou com a cabeça e saimos correndo pra brincar.

— Pedra, papel, tesoura!

— Pedra, papel, tesoura! Ha! perdeu, você vai ter que procurar!

— Ai isso não é justo!

— Vem com essa não bobão, sem frescura

— Ta, mas aposto que vou achar você em menos de dois minutos!

— Quero só ve.

   Então começamos a brincadeira, 1, 2, 3 e prontos ou não la vou eu!

  Comecei a correr procurando ela pelas ruas, atrás das casas, olhei até dentro de caixas de lixo, ela se escondeu muito bem, não encontrei em nenhum lugar que procurar .

  Já estava anoitecendo e eu não tinha achado ela, não importa por onde eu procurace então decidir ir na casa dela avisar o pai dela sobre o sumisso. Quando eu cheguei adivinha quem abriu a porta para mim? isso mesmo, a Romenia.

— Ei! você não podia se esconder dentro de casa!

— Porque não?

— Não estava nas regras

— Que regras, você não disse nada em

— Eu fiquei procurando você por mais de horas!

— Ai ai, eu sou ótima me escondendo então!

— Na próxima vez eu vou te achar

— Eu duvido muito

— Que duvide, eu já vou indo ta bom, ta ficando tarde

— Que tarde o que, ta cedo

— É que daqui a pouco eu vou ir na igreja com a minha mãe

— Ata, até amanhã então

— Até, amanhã eu passo aqui

— Okey

  Fui correndo para casa, minha casa era um pouco longe mas tinha certeza que daria tempo. Cheguei em casa e fui direto pro banho, demorei um pouco e logo fui me arrumar no quarto, coloquei uma roupa esperei minha mãe terminar de se arrumar; ela terminou e fomos andando até a igreja, eu fiquei contando do meu dia e sobre as coisas que aconteceram no caminho, era legal ve ela sorri e dar risada das coisas, mas ela tinha um olhar meio preucupado, não sei o que ela estava pensando de verdade naquele momento, talvez não fosse nada importante e isso tudo fosse coisa da minha cabeça.
  Chegando na igreja, sentei no banco e fiquei lá até o culto acabar, ouvindo atenciosamente, era um dos poucos momentos do dia que eu realmente ficava quieto prestando atenção em algo, mesmo ainda pequeno, eu sabia que era importante, eu tinha a minha fé e acreditava nela, me sentia bem seguindo, indo para a igreja e tudo mais, era algo que me fazia bem sabe?
  O culto acabou, minha mãe ficou conversando perto da entrada da igreja com umas amigas dela, não sei quem eram, nem do que elas estavam falando, eu preferir andar um pouco pela igreja enquanto esperava, a igreja é um lugar tão estranho quando esta praticamente sem ninguém, vazio, pelo menos é essa sensação que me passa, não que seja algo ruim, é até bom as vezes ficar um pouco lá sozinho, olhando cada detalhe, as vezes eu me pergunto como pode aver tanto detalhe em uma igreja, as janelas por exemplo, eu nem imagino, como conseguem fazer janelas que são coisas tão simples terem tantos detalhes. Eu me senti bem, eu sei que a onde eu for Deus estará comigo, já que minha mãe sempre diz isso para mim, de como eu nunca estarei sozinho se estiver com ele, mas na igreja, nesses últimos momentos quando não à ninguém eu me senti mais perto dele sabe, é confortante.
  Minha mãe então, finalmente me chama para ir embora, eu então vou até ela em caminho de volta para casa, correndo e pulando em caminho a casa, me sinto até um pouco mais vivo voltando para casa, me sinto bastante feliz por hoje, o dia de hoje em geral foi algo muito legal para mim.

— Eu sou o mais rápido mãe! eu tenho certeza que você não consegue chegar em casa antes de mim! haha — Digo eu enquanto corria e brincava no caminho para casa, não muito rápido para minha mãe conseguir me aucansar

— Ei mocinho, não tão rápido! se não você vai se perder de vista.. eu vou te pegar em haha não adianta correr! — ela corria atrás de mim, se aproximando e me puxando para um abraço

— Há! te peguei! agora você não tem para onde correr — disse aos risos enquanto me abraçava

— Eu te deixei chegar ta bom, fui devagar pra não te perde de vista — falo enquanto abraçava ela, o abraço da minha era simplesmente tão bom, o melhor abraço que poderia sentir

— Ok, ok eu acredito em você, mas iss não tira o fato que eu peguei você mocinho, agora vamos continuar o caminho, e sem correr agora okey?

— Okey mãe

  Continuamos a caminhada, esse horário era meio frio aqui fora, mas não é como se a nossa casa fosse muito longe, chegamos lá em questao de poucos minutos. O calor de dentro de casa era tão bom, poder por uma roupa mais confortável e correr dentro de casa, jantar a melhor comida já criada, a comida da minha mãe! eu amo essa parte de ficar em casa. Depois do jantar fui direto pro meu quarto, esse dia cansativo, me cansou e muito, tudo oque eu queria ver agora era a minha cama, minha aconchegante e confortável cama.
  Antes de tudo, fechei meus olhos, e comecei a rezar, em voz alta e clara, pois não avia porque eu falar em silêncio, a única coisa que eu pedi foi por mais momentos como esse, agredecendo pelas coisas e pessoas que tinha, e pela vida que Deus me deu, isso era o soficiente para mim, o soficiente para minha felicidada, não precisava de mais nada do que já tinha, assim então eu levantei e logo deitei em minha cama, me cobrir e dormi rapidamente.

As cores do tempo (Countryhumans/Hunpol)Onde histórias criam vida. Descubra agora