O caminho até a casa dos Hanson não era tão longo, mas pareceu uma eternidade pra mim.
O que me ajudou a ficar tranquila foi a Zöe comigo, eu fui tentando conquistá-lá, para que tudo se tornasse mais fácil depois.

Finalmente, chegamos na casa. E eu confesso que fiquei boquiaberta. Aquilo não era uma casa, era um CASTELO!
Tinha um gramado super bonito na frente, e a casa realmente era enorme. E tinha que ser mesmo, pra comportar sete filhos, e mais uma intrusa que tava chegando naquele exato momento.

Quando entramos, reparei logo no quadro que tinha no hall. Era uma foto da família: o Walker, a Diana e os filhos. Só reconheci a Avery, o Mackenzie e a Zöe, de quem eu já tinha visto fotos antes.
Os outros filhos eu nunca tinha visto. Só  sabia os nomes e as idades.

- Chegamos! -  Diana gritou, mas ninguém respondeu.
- Ué Di, não tem ninguém em casa?
- Acho que não... - aí a Diana viu que tinha um papel em cima do aparador.
Era um bilhete do filho Zac, avisando que tinha ido até o mercado com os irmãos e já voltava.
- Mas eu pedi pra eles ficarem aqui! Ai, esse Zac, viu... desculpa, Heloisa, queria que eles estivessem aqui pra te recepcionar.
- Não se preocupe, dona Diana!
- Bom, já que não tem ninguém em casa, vou te levar pro seu quarto, aí você pode deixar suas coisas e eu mostro o resto da casa pra você, okay?
- Tudo bem!

E lá fomos nós... confesso que não foi fácil subir as escadas com a minha mala.
A Diana quis me ajudar, mas só deixei ela levar a minha mala de mão.

Meu quarto ficava no fim do corredor, mas tinha que subir uma mini-escadinha (era mini mesmo, tinha três degraus) e era quase de frente pro quarto da Jessica, a quarta filha.

Era um quarto enorme, com as paredes pintadas num tom pastel de lilás bem suave. As cortinas eram de um roxo escuro, com algumas borboletas lilas e azul bordadas, a coisa mais linda. A cama era KING, gente! KING! E a roupa de cama também era lias com borboletas azuis. Diana realmente tinha entendido que eu amava borboletas. Elas estavam em toda parte da decoração do quarto. E eu nem acreditei quando abri a porta do banheiro da suíte. Era a coisa mais linda! O banheiro era todo branquinho, e as torneiras e metais eram todos em dourado. A banheira era separada do chuveiro, e o vaso sanitário ficava separado por uma portinha também. O closet era no final do banheiro, e eu constatei que se colocasse um colchão inflável no chão eu poderia dormir ali tranquilamente.

Voltando ao quarto, na parede de frente pra cama tinha um rack, e em cima dele uma TV com um aparelho de DVD (bem diferente dos do Brasil, era menorzinho), na escrivaninha tinha um computador (e eu estranhei não ter aquele monte de cabos espalhados pelo chão, e depois o Walker me explicou que eles usavam uma rede chamada wireless - e aí eu vi como o Brasil tava atrasado!). Dentro do meu closet  tinha um roupão lilás com um monte de borboletas, a coisa mais linda!

No mural tinha desenhos de boas vindas das crianças. Tudo muito arrumadinho e lindo. Aquele quarto era o meu quarto dos sonhos, definitivamente.

Aí eu deixei minhas malas  ali e segui com a Diana, que me mostrou o resto da casa.

Na parte de cima eram os quartos. O corredor era enorme, e cada filho tinha o seu quarto. Cada porta tinha uma plaquinha com o nome de cada filho ( o que facilitava MUITO a vida pra Lola aqui!).
O quarto dos pais era no andar de baixo, e do lado tinha o escritório do Walker e mais dois banheiros. No andar de baixo também ficavam a sala de jantar, a cozinha, a sala de visitas, a sala de TV, uma sala de brinquedos para as crianças, a lavanderia e a biblioteca.

Do lado de fora, no quintal, tinha a piscina, um playground pras crianças e um espaço da churrasqueira.
Depois disso, ainda tinha um pomar cheio de árvores, bem grande. Aquela realmente era uma casa enorme.

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