Sombras do passado

Capítulo 8: A Luta contra o Tempo

Emma e James levaram a caixa de recordações até o escritório do detetive. Ao chegar lá, Emma percebeu que havia esquecido o diário em casa e decidiu retornar para buscá-lo, deixando a caixa sob os cuidados de James.

Chegando em casa, Emma ficou em pânico ao não encontrar o diário em seu local habitual. Ela vasculhou cada canto do seu quarto, procurando freneticamente pela preciosidade que continha as memórias mais valiosas de sua avó. A angústia aumentava a cada minuto que passava e o diário não aparecia.

Desesperada, Emma correu até a mãe, explicando o ocorrido. Sua mãe pareceu confusa por um momento, até que uma expressão de preocupação se formou em seu rosto.

"Oh, Emma, foi o assistente do detetive James. Ele veio aqui há algumas horas e disse que você o havia esquecido e pediu permissão para pegá-lo", respondeu a mãe de Emma.

Emma ficou perplexa com aquela informação. "Mãe, o detetive James não tem um assistente! Quem era essa pessoa que veio aqui?"

Sua mãe parecia surpresa. "Você tem certeza? Ele se apresentou como o assistente de James e parecia bem informado sobre vocês dois."

A revelação deixou Emma ainda mais preocupada. Quem era aquela pessoa se passando por assistente de James? Por que teria interesse no diário? Uma enxurrada de perguntas e possibilidades invadiu sua mente.

Emma estava prestes a sair de casa quando uma van preta repentinamente parou em frente à sua residência. Antes que ela pudesse reagir, um grupo de indivíduos mascarados a abordou, forçando um saco preto sobre sua cabeça e a arrastando para dentro do veículo. O coração de Emma disparou de medo e desespero enquanto ela tentava entender o que estava acontecendo.

Dentro da van, Emma foi empurrada para um assento desconfortável, suas mãos amarradas e sua visão completamente obstruída pelo saco preto. Ela podia ouvir vozes abafadas e sons de movimentação ao seu redor, mas não conseguia discernir o que estava sendo dito ou para onde estava sendo levada. O medo tomava conta dela, mas também uma determinação feroz de sobreviver e descobrir a verdade por trás desse sequestro.

Enquanto a van seguia em alta velocidade pelas ruas, Emma tentava manter a calma e reunir suas forças. Ela sabia que precisava encontrar uma maneira de escapar e voltar para James, que agora estava inconsciente do que havia acontecido com ela. Com suas mãos firmemente amarradas, ela explorou suas opções, buscando qualquer oportunidade de se libertar e lutar por sua vida.

O tempo parecia se arrastar enquanto Emma lutava contra suas amarras, tentando encontrar uma folga que lhe permitisse soltar os nós. Cada movimento era uma batalha contra a escuridão e o desconhecido que a cercavam. Ela se lembrava das palavras de James, da sua conexão com o passado de sua avó Amélia e da revelação chocante que haviam descoberto. Será que havia alguém que queria silenciá-la? Alguém que faria de tudo para esconder os segredos obscuros que Amélia guardava?

James permanecia em seu escritório, examinando minuciosamente os objetos encontrados na caixa de recordações. Ele estava determinado a ligar os pontos e desvendar a verdade oculta por trás do mistério que envolvia Amélia e seu passado sombrio.

Observando as fotos antigas, cartas e outros itens pessoais, James buscava por qualquer indício que pudesse ajudá-lo a entender a conexão entre Amélia, o avô de Isabel e o crime mencionado na carta chocante. Sua mente trabalhava incansavelmente, tentando montar o quebra-cabeça e encontrar respostas para as perguntas que os assombravam.

Cada detalhe era examinado com cuidado, cada palavra escrita era analisada minuciosamente. James sabia que ali estavam as peças essenciais para desvendar o enigma, e ele estava determinado a encontrá-las. Sua experiência como detetive o ajudava a identificar pistas sutis e conexões que outros poderiam não perceber.