Sombras do passado

Capítulo 7: A Virada do Jogo

No trajeto em direção ao local da imagem, James dirigia enquanto Emma aproveitava para ligar para seus pais e tranquilizá-los. A preocupação da mãe era visível do outro lado da linha, e Emma explicou que tinha ficado presa devido à tempestade e que estava bem. Ela mencionou brevemente sobre a busca pela verdade e justiça relacionada à história de sua avó, deixando seus pais intrigados, mas confiantes de que ela estava segura com James.

Enquanto conversava ao telefone, Emma não conseguia deixar de notar a presença de James ao seu lado. A forma como ele segurava o volante com firmeza, os músculos de seu braço levemente tensos, transmitia uma sensação de segurança e proteção. Ela percebeu também que, de tempos em tempos, ele lançava olhares discretos em sua direção, como se estivesse verificando se estava tudo bem. Um leve sorriso escapou dos lábios de Emma, revelando uma mistura de gratidão e encantamento.

Após finalizar a ligação, Emma guardou o celular e olhou para James. Seus olhares se encontraram e um breve silêncio pairou no ar, carregado de uma energia intensa. Era como se houvesse uma conexão especial entre eles, algo que ia além das palavras e das circunstâncias. Emma sentiu seu coração bater mais rápido, o desejo de estar mais próxima de James se intensificando a cada instante.

"Obrigada por tudo, James", disse Emma, quebrando o silêncio. Sua voz soou suave e cheia de emoção. "Você tem sido incrível, me ajudando nessa busca pela verdade. Eu não sei o que seria de mim sem você ao meu lado."

James olhou para ela com um brilho nos olhos, expressando um misto de admiração e afeto. "Você não está sozinha nessa, Emma", respondeu ele, com sinceridade. "Estamos juntos nessa jornada, e vou fazer o possível para ajudá-la a desvendar esse mistério."

Emma sentiu um arrepio percorrer sua espinha ao ouvir aquelas palavras. A presença de James ao seu lado era reconfortante, e ela sentia uma confiança crescente nele. Era como se eles fossem uma equipe, unidos por um propósito comum.

Com um suspiro, Emma desviou o olhar e voltou sua atenção para a paisagem que passava rapidamente pela janela do carro. O local da imagem se aproximava, e eles estavam cada vez mais perto de descobrir os segredos ocultos por trás da história de sua avó.

Eles seguiram as indicações no endereço e chegaram a um encantador chalé de madeira. A residência, impecavelmente cuidada, exalava um ar acolhedor e convidativo. Suas paredes, pintadas em um suave tom de creme, brilhavam sob a luz do sol. O telhado de telhas vermelhas estava impecável, protegendo a casa com elegância.

As janelas amplas, com vidros limpos e brilhantes, permitiam a entrada generosa de luz natural, iluminando cada cômodo do chalé. Cortinas leves, em tons suaves, balançavam suavemente com a brisa, em perfeita harmonia com a atmosfera serena do lugar. Flores coloridas adornavam os parapeitos das janelas, adicionando um toque de vivacidade e fragrância ao ambiente.

A varanda do chalé, ampla e bem cuidada, era decorada com cadeiras confortáveis e almofadas aconchegantes. Uma pequena mesa de madeira rústica estava posicionada estrategicamente, convidando a desfrutar de momentos de relaxamento e contemplação. Plantas em vasos adornavam o espaço, trazendo um toque de frescor e vida.

Ao baterem na porta do chalé, uma moça jovem abriu, demonstrando surpresa ao ver um detetive acompanhado por Emma. Ela tinha cabelos longos e castanhos, que caíam em ondas suaves sobre os ombros. Seus olhos eram de um tom verde vibrante, cheios de curiosidade e um leve traço de desconfiança. A pele clara contrastava com seus lábios rosados, conferindo-lhe uma beleza natural e radiante.

"Olá, desculpe o susto. Meu nome é Emma e este é o detetive James Sullivan. Estamos procurando informações sobre uma pessoa que pode ter ligação com a minha avó, Amélia. Podemos conversar?"