𝑪𝒂𝒑𝒊𝒕𝒖𝒍𝒐 𝟓

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Ferreira acordou na manhã seguinte com um sorriso no rosto. Ao olhar para o lado, viu Bitello dormindo profundamente, com a bochecha toda babada. Ele não conseguiu conter a risada que escapou de seus lábios.

A risada de Ferreira acabou por acordar Bitello, que piscou os olhos sonolentos e se espreguiçou.

— Hã? O que foi? Por que você está rindo?

— Desculpe, João. É que você está todo babado. Não consegui resistir.

Bitello, ainda sonolento, levou a mão ao rosto e percebeu a umidade na bochecha. Ele corou de leve, sentindo-se um pouco envergonhado.

— Ah, não acredito que estou babando!

— É só mais um dos seus encantos matinais. Eu acho fofo.

Bitello esboçou um sorriso.

— Se fode, Aldemir.

— fofo. —Ferreira sorriu e olhou nos lábios de Bitello.

Bitello percebeu o clima e resolveu cortar.

— só não soco fofo. —Ele mostrou um sorriso de canto.

Ferreira se levantou da cama e foi em direção ao banheiro para escovar os dentes. Bitello, curioso, perguntou o que estava acontecendo, mas Ferreira preferiu ignorar a pergunta inicialmente.

— Ei, Bitello, sua escova de dentes ainda está aqui.

Bitello se levantou, incrédulo, e se aproximou de Ferreira com uma expressão de surpresa.

— Ferreira, sério? Você ainda tem a minha escova de dentes depois de dois anos?

Ferreira sorriu, com um brilho travesso nos olhos, e respondeu:

— Sabia que um dia seria útil novamente.

— idiota.

Bitello tomou a escova das mãos de Ferreira, decidido a escovar os dentes junto com ele. Os dois se posicionaram em frente ao espelho do banheiro, olhando um para o outro.

Enquanto escovavam os dentes, Ferreira e Bitello faziam palhaçadas, como um casal. Ferreira mostrava o bíceps e fazia poses engraçadas, enquanto Bitello fazia caretas o repreendendo.
A risada preenchia o ambiente.

Ferreira aproveitou para passar um pouco de pasta de dente na bochecha de Bitello. O cacheado logo revidou, jogando água no rosto de Ferreira.

Ferreira, segurando as mãos de Bitello e olhando-o nos olhos, sentiu a tensão crescer entre eles. O desejo de se beijarem era palpável, mas ambos se seguravam, cientes do momento inoportuno. Por um instante, parecia que iriam ceder à tentação, mas Bitello desviou o olhar e voltou a rir ao notar a boca de Ferreira cheia de pasta de dente.

— Você é um desastre. —Bitello disse, limpando a boca de Ferreira.

— E você acha engraçado, não é? Seu sorriso é contagiante.

Os dois continuaram a gargalhar.
Após enxaguarem a boca e terminarem, eles se olharam nos olhos novamente, sentindo a conexão que havia entre eles.

— Ei, Bitello, o que você acha de comer pizza e tomar refrigerante no café da manhã? — perguntou Ferreira, sorrindo.

Bitello arregalou os olhos, animado como uma criança.

— sério? Parece que somos crianças de férias...

— bom, estamos de férias...

Os dois saíram do banheiro e caminharam juntos em direção à sala. Ferreira pegou seu celular e começou a fazer o pedido da pizza, enquanto Bitello se dirigiu para a varanda, encantado com a paisagem que se estendia diante dele.

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⏰ Última atualização: Jan 26 ⏰

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