𝑂 𝑏𝑎𝑖𝑙𝑒 𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑖𝑚𝑎𝑣𝑒𝑟𝑎 ~𝐩𝐚𝐫𝐭𝐞 2~

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~𝐒𝐚𝐧𝐞𝐦𝐢 𝐩𝐨𝐯~

Após correr muito, finalmente cheguei naquele prédio imundo, que havia sido abandonado. Estar aqui é realmente um incomodo pra mim, pois aqui me trás lembranças ruins, nas quais eu faria de tudo pra esquecer. Assim que entrei, pude ouvir o grito de dor Kanae vindo do andar de cima, então corri até lá na base do ódio, e Tanjiro me acompanhou até o andar de cima. Assim que subi as escadas, vi meu "pai", com uma arma na mão, apontando para porta, e no canto da sala, estava Kanae chorando, e gritando, e ao lado dela, estava Kanao, completamente desacordada.

-Sanemi, eu estava esperando por você meu filho- ele diz- pensei que nunca chegaria.

-Você tá morto!- digo.

-Eu não, mais a sua esposinha de merda está morrendo- ele diz- a propósito, seus filhos estão nascendo.

Nesse momento, a raiva me subiu a cabeça, e no momento em que ele virou pra trás, eu  corri até ele, e peguei arma de sua mão, e joguei longe, e finalmente parti pra cima dele.
Soquei a cara dele, descontando toda raiva que eu senti dele durante todos esses anos, pois como ele sempre diz: a vingança é um prato que se come frio.

-Você vai matar sei pai Sanemi?- ele diz sinicamente. E nessa hora, eu puxei sua gola, fazendo ele levantar sua cabeça um pouco. Olhei no fundo dos olhos dele, e o empurrei para o chão novamente, o fazendo bater a cabeça no chão.

-Vai pro inferno!- falo o socando.

-Você é um idiota!- ele diz apertando meu pescoço.

-V-você roubou tudo de mim!- digo soltando suas mãos do meu pescoço, assim pegando uma pedra que estava alí perto- você tirou minha mãe de mim!- bato a pedra no seu nariz- você quase fez minha mulher morrer, e ainda tentou matar meu irmão!.

-Tentei, e tentaria de novo, só pra ver essa sua cara de idiota novamente!.- Foi um roda, roda da porra no chão, ele estava tentando encontrar sua arma que estava a poucos metros de nós, mais eu não iria deixar ele fazer isso, não dessa vez. Se eu disser que não me senti mal por isso, estarei mentindo, pois mesmo que ele fosse um maldito, ele já foi um bom pai, porém, o seu lado psicótico, era extremamente assustador. Dou um forte soco em seu rosto, quebrando seu nariz, e então, aproveito que ele está xingando, e corro até a arma, e a pego. Nunca imaginei que seguraria uma arma novamente, e principalmente, que apontaria para o meu pai novamente, eu só queria mata-lo, e acabar de vez com todo esse sofrimento que ele me fez passar, só pra me livrar de toda culpa que eu senti por causa dele, eu queria vingar a morte da minha mãe, mesmo que ela não apoiasse a violência, eu não iria permitir, eu não deixaria ele sair impune após matar, a única pessoa que sempre esteve ao meu lado na infância (tirando a Daki), eu não iria suportar viver sem viga-la, e era exatamente isso que eu faria, nesse exato momento.

-Olha só, você sabe jogar sujo- ele diz.

-Aprendi com você!- digo.

-Você não teria coragem de me matar então, abaixa essa arma Sanemi sim?, me devolva ela antes que você atire na pessoa errada- ele diz.

-Eu realmente achei que você pudesse mudar, achei que esse seu lado ruim fosse sumir com o tempo, mais vi que eu me enganei- falo arrumando o gatilho- desculpe pai. Sayonara- atirei, o tiro pegou no peito de Jun-Seo, mais ele ainda sim estava vivo, e com muita dificuldade, ele veio na minha direção, porém eu estava perto da escada, ele tentou me empurrar porém ele se desequilibrou e caiu, assim tendo uma queda feia na escada. Seu corpo estava todo deslocado, seu pescoço estava quebrado, eu podia ver até seu osso para fora, seu sangue escorria pela escada, e por todo o chão. Senti que minha alma havia sido lavada, senti que a culpa havia sumido, e que tudo estava bem, e por um breve momento senti que minha mãe finalmente descansaria em paz. Eu não conseguia parar de olhar para o corpo do meu pai, eu estava em choque, como um tipo de transe, porém saio do meu choque quando ouço um choro, um não, dois choros!. Rapidamente olhei pra trás, e vi a Kanae, segurando duas crianças em seus braços, uma delas era uma menina, de cabelos brancos.

𝐸𝑟𝑎 𝑝𝑟𝑎 𝑠𝑒𝑟 𝑢𝑚𝑎 𝑚𝑒𝑛𝑡𝑖𝑟𝑖𝑛ℎ𝑎Onde histórias criam vida. Descubra agora