Uma dívida é cobrada. E será paga.
Desde que me lembro, estou confinado em uma gaiola dourada. Lindo, delicado e intocado. Para ser visto e não ouvido. Um pequeno adereço perfeito para a carreira política do meu pai.
Mas tudo isso muda quando Lee Mi...
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Lee Minho
DE VOLTA AO MEU ESCRITÓRIO, a porta bate atrás de mim. ChangBin se foi agora, misericordiosamente. Então estou sozinho enquanto estou latejando, como se fosse explodir. Cambaleio até o carrinho do bar e sirvo uma bebida. Mas antes de tocar meus lábios, faço uma pausa. Eu franzo o cenho e coloco lentamente o copo de volta no carrinho.
Eu preciso de uma bebida. Mas não à custa de apagar o gosto de seus lábios nos meus. Ando para frente e para trás, andando de um lado para o outro. Minha língua passa pelos meus lábios e eu gemo enquanto repasso o que aconteceu com Jisung. Fui até lá para dizer a ele que essa ideia ridícula havia acabado — o mandaria para casa e depois lidaria com ChangMin de outra maneira.
Isso foi antes de vê-lo assim, porém — vestido com nada além de uma combinação preta rendada transparente. A visão de seu traseiro lindo mal coberto por aquela vestimenta ficará para sempre gravada em minha memória. Aquele suspiro suave e choramingado enquanto ele se virava para mim — a mistura de medo e desejo em seus grandes olhos castanhos.
E então há sua boca — suave e doce, com lábios carnudos que foram feitos para eu reivindicar. Eu sinto minha pulsação romper em minhas veias. Meu pau engrossa e eu corro minha língua em meus lábios mais uma vez, perseguindo a memória.
Alguém bate na porta. Por um momento, eu me entrego à fantasia de Jisung vestido com nada além daquele pequeno traje, vindo aqui para ter mais de mim. Mas eu sei que não é o caso. Eu vou até a minha mesa e afundo na cadeira de frente para a porta.
"Entre."
A porta se abre e Momo entra. ChangBin não está errado sobre ela: Momo é uma garota linda. Mas isso não é uma opção quando se trata de mim e ela. ChangBin e qualquer outra pessoa pode especular tudo o que quiser sobre minha jovem assistente e eu. Mas eles nunca vão encontrar o que pensam que vão encontrar, não importa quão fundo eles olhem.
"Boa noite, Minho."
Embora formal comigo, Momo é a única outra, além de ChangBin, que se refere a mim pelo meu primeiro nome. Quando estamos sozinhos, é claro. Em público, sou o Sr. Lee para ela, como para todo mundo.
"Ele está se adaptando bem?"
Momo franze a testa. Não preciso perguntar ou cutucar para entender que ela não é fã desse arranjo de Jisung ficar aqui.
"Sim" ela responde secamente.
Eu franzo a testa, tamborilando meus dedos na minha mesa, meus pensamentos tecendo.
"Esses são os relatórios de vários setores da semana. E estes são os contratos autenticados para o desenvolvimento de Daejeon." Momo caminha com agilidade nos saltos, colocando algumas pastas de arquivo na lateral da minha mesa.
"Eu quero usá-lo." Momo congela e então franze a testa por trás dos óculos.
