Prólogo

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Estou dentro do carro com a cabeça apoiada na janela

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Estou dentro do carro com a cabeça apoiada na janela. A chuva que cai lá fora não estava prevista, afinal, ainda é verão.

Já estamos próximos de casa, e o remédio que me deram no hospital está começando a fazer efeito. Não sinto meu corpo direito, tenho a sensação de que vou cair e dormir três dias seguidos.

Talvez eu precise mesmo dormir três dias seguidos.

Ouço a voz do tio Anthony me chamando, ele diz algo como "Hope, tenta se segurar de pé" e me abraça, me ajudando a andar.

Eu já estava fora do carro, mas eu juro que não senti me tirarem de lá.

Ouço a voz preocupada da vovó, mas meus olhos começam a embaçar e meus lábios se mexem, mas eu não ouço o que digo.

Tio Otávio está aqui. Que bom. Espero que eles tenham se resolvido.

Sinto me passarem de um braço para outro. Acho que esse é o tio Otávio.

Estamos subindo as escadas. Estou forçando meus olhos a ficarem abertos, não sei por quanto tempo mais aguentarei.

Já estou na minha cama, consigo ver o tio Otávio. Ele diz que eu vou ficar bem.

Eu nem me lembro o porque de precisar ficar bem.

Ele tira meus sapatos, mas eu só sei disso porque os vi de relance. Eu não os senti.

Eu estava na minha cama.

Tio Otávio beija minha testa e apaga a luz do quarto, ficando apenas a imensidão da luz da lua.

Eu estou fraca, sinto que vou cair em um sono profundo em instantes. Tento me virar, mas não tenho forças. Viro a minha cabeça mas parece que minha alma veio depois.

Consigo olhar para o lado, onde vejo a minha mesa de cabeceira.

Em cima dela tem uma foto em um porta retrato, tento focar mas minha visão não está das melhores. Vejo que tem um papel do lado dessa foto, mas não consigo descrever o que seja.

Com muito esforço, consigo esticar a minha mão e pegar aquele porta retrato. O aproximo de mim, e lágrimas começam a escorrer pelo meu rosto quando vejo a fotografia.

Logo, tudo me veio à tona novamente.

Eu estou em pedaços.

NOSSO ETERNO VERÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora