✠•ೋ sete.

90 14 6
                                    

ERAM RAROS OS momentos em que Astrid se permitia chorar, ela não era conhecida por ser emotiva ou dramática

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

ERAM RAROS OS momentos em que Astrid se permitia chorar, ela não era conhecida por ser emotiva ou dramática. A última vez havia sido há pouco mais de um ano quando ela e Sirius terminaram, mas o choro não durou tanto quanto imaginava.

Mas naquele momento enquanto repassava as lembranças do seu irmão gritando palavras ofensivas nervosas contra si e o jeito que ele a olhava com repulsa, não pôde deixar de ter os olhos marejados pela tristeza

A brisa calma e fria na torre de astronomia lhe dava espaço para se debruçar sobre o parapeito, vendo a altura de onde estava. Havia alguns pensamentos intrusivos em sua mente, pensamentos esses que ela não gostava.

— Espero que não esteja pensando em se jogar daí — Ouviu uma voz e se sobressaltou limpando as lágrimas antes de se voltar para Remus Lupin — Não queria te assustar, desculpa

— Era exatamente nisso que eu estava pensando — Fungou, fingindo estar brincando

Lupin se aproximou da garota que voltou a olhar o céu, nem percebeu o quão tarde era até aquele momento. Ficaram em silêncio por um tempo, mas o garoto ainda a olhava e ela sabia disso

— Eu sinto muito por mais cedo — Remus diz para a garota que tem os olhos marejados novamente

— Arvid só é... cabeça dura demais, às vezes — Suspirou

— Por que não tentou o convencer da verdade?

Astrid olhou para Lupin pela segunda vez, confusa sobre como ele sabia sobre a verdade

Como você sabe qual é a verdade? — Levantou uma sobrancelha

Lupin coçou a nuca, sem jeito. Se perguntava como iria falar pra ela que ouviu atrás da porta sem que se sentisse invadida?

— Não acredito que ouviu atrás da porta! — Ela riu antes mesmo dele falar qualquer coisa — Remus Lupin é um grande fofoqueiro! Quem diria...

— Ei! Eu não sou fofoqueiro, tá legal? — Ele também ria — Eu só ouvi e guardei pra mim!

Astrid sorria ao ouvir a risada do garoto, nunca tinha o visto daquela forma antes, James e Sirius geralmente eram os palhaços.

— Posso perguntar uma coisa? — Lupin diz arrancando a atenção da garota que concordou com a cabeça — O que é a "Benção de Odin"?

O sorriso da garota se fechou aos poucos e ela voltou a olhar para a lua crescente por alguns segundos antes de se virar novamente para o garoto que sorrir levemente.

— Não precisa contar

— Não... tudo bem — Respirou fundo ficando de frente para Lupin — A Benção de Odin é algo que minha família acredita há gerações. A pessoa que recebe a benção é considerada a mensageira se Odin, e pra minha família isso é considerado muito importante. Mais importante do que tudo... e eu recebi a benção, nasci no dia de Odin, uma quarta-feira — Falou para o garoto que ainda estava confuso — Eles acreditam muito na mitologia nórdica, nem tenta entender

the crows of odin | remus j. lupinOnde histórias criam vida. Descubra agora