Esvai por entre os dedos
Os fios do vazio do seu olhar negro
Relando sem em jeito em seu sorriso indelicado
Donde esconde tudo que se vê cambalear por dentre os ladosNa tentativa de se obscurecer perante os holofotes que te cercam
Acaba por enaltecer o tamanho do teu incerto jeito de ser
Ao reprimir em um canto que não te pertence, em fuga rítma se esvai
E no cansaço de tua voz tremula encontra-se de encontro com reflexo teuIncompleto, presente nos cantos cujo quais evita olhar na
Sabedoria de que veria mais do que cabe na fina camada de vidro negro que fez casaEm ritmo de fuga tromba com os tropeços do caminho e ao
Cambalear por entre seu próprio corpo- curva sem saída
Se contorce como a própria metamorfose a permitir que sua voz alce vôoSendo e fazendo vítima da vastidão do seu mar de mistérios
E ao observar me percebo/preencho rio em teu mar
E como não sei nadar
Não me resta opção
A não ser afogarFilipe Fortunato.

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Submerso
ŞiirObra realizada com o objetivo de expressar sentimentos e visões de mundo, tocando o leitor. A única regra deste livro é "sentir" e que cada palavra, atinja seu interior. Se gostou ajude compartilhando e votando, aperte na estrela no canto de cada...