três

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Eu fui criado para não confiar em ninguém além de mim mesmo

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Eu fui criado para não confiar em ninguém além de mim mesmo. Principalmente depois do último ano, quando Fallon, a noiva do meu irmão Luca, foi infiltrada em um de nossos clubes para ajudar um detetive maníaco.

Luca não foi tão atento quanto deveria ser. O cara ficou tão perdido pela mulher, que isso o cegou. Para a sua maldita sorte, ela também se apaixonou por ele e por pouco conseguimos nos livrar do detetive.

No entanto, minha desconfiança se tornou um problema maior.

Eu não teria desconfiado de Morgan se ela não tivesse dito que estava trabalhando em uma de nossas cafeterias. Buckeye Brew.

Talvez não fosse coincidência que ela fosse uma de nossas garçonetes, eu tivesse levado ela em minha moto e depois estivesse ouvindo atrás da porta.

Eu não deixaria uma boceta bonita me cegar, como aconteceu com meu irmão mais novo. Eu queria a ficha dela, precisava saber absolutamente tudo para ter certeza de que não estavam tentando nos investigar novamente.

Fallon havia dito que o detetive que abordou ela estava trabalhando com os federais, e não podíamos arriscar sermos investigados pelo FBI.

Eu jamais esquecia uma conversa, me lembro de Morgan falando que tinha um turno pela manhã.

Entrei na lanchonete, e analisei todo o estabelecimento, estava cheio como deveria. Eu não queria chamar atenção, então me arrastei para uma cabine vazia nos fundos e escorreguei para o canto do banco estofado.

Uma garçonete correu para me atender. Notei seus dedos tremerem, enquanto segurava o bloco. Abaixei os óculos escuros que estava usando apenas para encobrir a claridade, e encarei a garota que usava o uniforme, um vestido curto preto com botões em toda a sua frente, detalhes brancos nas mangas, nos bolsos na altura da cintura e no colarinho.

Uma etiqueta no lado direito dizia que seu nome era Leah.

— O que o senhor deseja? — perguntou, com sua voz trêmula.

Eu ri pelo nariz.

Eu não vinha a Buckeye Brew, nunca. Então não sei como, mas Leah já havia escutado falar de mim.

Talvez Debbie estivesse tendo muito tempo pra conversar com as funcionárias ao invés de gerenciar o lugar.

— Eu não vou matar você — olhei novamente seu nome na etiqueta, apenas pra confirmar —, Leah.

Ela ergueu as sobrancelhas, e levou alguns segundos piscando os olhos.

— Então você não tortura e mata pessoas por aí? Eu ouvi algumas coisas sobre....

— Suponho que todos tenham sua própria versão de quem eu sou — respondi, mantendo a voz baixa para não atrair atenção.

Ela assentiu, e voltou seu olhar para o bloco.

Perigosa Atração - 2 ✓ COMPLETO NA AMAZONOnde histórias criam vida. Descubra agora