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Um grito emergiu da minha garganta quando o meu corpo colidiu com o volante quebrando algumas costelas, então fui arremessada para fora do carro enquanto ele capotava milhões de vezes, ralando meu rosto e braços e quebrando minha perna. Agonia emergiu no grito mais doloroso que já tinha urrado, minha visão ficou turva, bile subiu em minha garganta e nem ao menos esperou para que eu conseguisse virar o rosto, apenas vomitei em cima das minhas pernas sem pensar duas vezes, ainda zonza tentei focar no que era aquele liquido estranhamente espeço, era sangue, era o meu sangue, voltei o olhar para frente vendo meu carro começar a pegar fogo.

No mesmo instante me levantei para ir para longe, mas não conseguiu dar dois passos e tornei a cair novamente, meus machucados não estavam se curando e se aquilo não estava se curando, meu deus, como estaria o meu bebê?

Em poucos segundos o carro explodiu e última coisa que vi foi a porta voando em minha direção, mas por um milésimo de segundo consegui sentir o momento em que o coração do meu bebê parou de bater.

Narrador -

Mesmo que inconsciente, Camila entendeu o que tinha acabado de escutar, o que tinha acabado de sentir, o que tinha acabado de viver, seu corpo não lutou mais contra suas feridas e sua mente não se preocupou mais com tudo que poderia acontecer, ela apenas fez como Damon disse tantas vezes, ela apenas não queria sentir quilo, não queria entender o que estava acontecendo, não queria se importar com nada, ela sabia que se tivesse algum sentimento se mataria, mataria quem a fez ter um acidente, mataria dezenas de pessoas que não tinham nada a ver com o assunto, mas não foi por isso que decidiu se desligar, ela sabia que não iria aguentar isso, nem mesmo na morte, então quando abriu os olhos novamente, percebendo que estava na mansão Salvatore não precisou sentir o mundo desmoronar, não quis, ela apenas se sentou olhando para a janela se questionando se valeria a pena descer e ter o desprazer de ser julgada por todos por suas decisão ou se saia pela janela para tomar alguma coisa mais fresca nessa dia quente. E não por medo, ou nem que se importasse, ela apenas não queria perder o seu precioso tempo para conversas ridículas que provavelmente terminariam quando ela arrancasse a cabeça de algum deles sem paciência, e bom, mesmo sem humanidade ela sabia que isso seria um problema.

- Onde pensa que está indo, mocinha? - Escutou Damon dizer aparecendo do lado de fora assim que pula a janela.

- Estou com fome - disse e então me observa um pouco mais atento.

- Temos bolsas de sangue aqui, esqueceu? - Foi audível a revirada de olhos que deu.

- Não preciso de uma bolsa, Damon - disse se esquivando dele enquanto caminhava, mas logo ele pareceu em sua frente novamente a observando.

- Camila, fique, vamos passar por isso juntos -disse e a garganta dela se contraiu sentindo que o vento na verdade não estava ventando, que coisa doida, não era?

Tentou respirar fundo e correr, mas não sentiu o vento novamente, então Damon a segurou e ela o encarou - Saía da minha mente, Damon - disse.

- Não posso, não está pronta - diz, mas sua força não foi tão eficaz, ela logo abriu os olhos se vendo presa na corrente do calabouço dos Salvatore.

- Acha realmente que vou retomar minha humanidade só porque o Damonzinho quer? Nos poupe e me solte, estou com fome - respondeu brava.

- Mesmo que eu quisesse, bem, teria que te atualizar sobre as coisas que aconteceram nas últimas semanas, querida Camila, mas não quero ter mais um problema para resgatar - diz e a intriga, realmente ela não se recordava de nada a mais que aquela noite, mas o que isso importa?

- Não estou interessada - responde o encarando, ela queria rasgar sua carótida naquele mesmo momento.

- Só vou te dar uma dica, não temos mais lugar no mausoléu dos Gilbert, então faça o favor de não se matar e nem aos seus irmãos - diz saindo e deixando-a lá.

Mesmo que suas emoções estivessem desligadas, ela queria saber quem morreu, quais foram os outros dois que morreram e usaram os últimos lugares. Quantas coisas podiam ter acontecido em tão pouco tempo? Merda, precisava sair dali, eles estavam começando a mexer com ela e isso significava que faltava pouco para a humanidade retornar. Mais sofrimento, mais dor, mais meses machucada, não, aquilo não iria acontecer, não mesmo.

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