Os prédios desaparecem

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Os prédios da rua ao lado
Somem e voltam todos os dias
Em um deles há alguém especial

Vejo sempre que passo
Uma moça na janela
Que me encanta muito

Ela não sabe dos poemas
Que dedico a ela
Nem das minhas lágrimas

Q

uebrar o dente comendo
Uma rapadura e menos dolorido
Que ser um poeta

Eu gostaria de morar
No prédio vizinho
Para sempre vela

Agora se faz um ano
Que os prédios não aparecem
Pelo jeito será eternamente

Gostaria ser um porco feliz
Comendo sua lavagem
Do que estar neste estado

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