Acho que o silêncio nunca foi tão desconfortável para mim quanto está sendo agora, Jungkook e eu estamos dentro do elevador esperando chegar no térreo, mas parece uma eternidade. Estar em um lugar fechado com um homem que me irrita tanto, desperta alguns desejos que eu mesmo nem sabia que tinha.
Quando saímos dali, quase tropecei para fora, mas seguir com o queixo levantado ao perceber que todos os olhares caíram sobre nós, como chuva na terra: Rápido e inevitável. Encolho-me, não gostando da atenção extrema que recebemos em poucos passos. Somente agora eu percebo o quanto os boatos que Jungkook mencionou anteriormente aconteceram realmente.
Olhei para Jungkook, que também está me observando.
—O que foi?—Perguntei.
—Percebe agora sobre os boatos? Nossa história vai ser perfeita.
—Assim espero.—Sussuro.
Do lado de fora da empresa, nós chegamos em sua Bugatti Mistral preta no estacionamento privado dele. Jungkook olha em volta, antes de abrir a porta do carro para eu entrar. Já no acolchoado do banco, vejo-o dando a volta. Ainda olhando ao redor, parecia inquieto, sentou-se ao meu lado. Não quis perguntar nada, então seguimos viagem.Nos primeiros dez minutos, eu já tinha o dedo em cima do botão para abrir a janela e me jogar para fora dessa mini sessão de tortura. Tentei não olhar para as suas mãos no volante com o Rolex brilhando bem na minha cara, e suas tatuagens chamando atenção juntamente de suas veias saltadas. Os movimentos eram simplesmente... perfeitos? Como alguém pode se sentar ao seu lado e não admirar a forma como ele dirige? Logo depois, veio uma questão: Será que sou louco o suficiente para gostar dele dirigindo, ou apenas tenho fetiches por mãos?
—Para onde estamos indo?—Ele pergunta, puxando-me do meu devaneio ridículo.
—À uma lojinha que vende essas coisas, é apenas três quarteirões daqui.—Olho para fora do carro.
Vamos o caminho inteiro em silêncio, e eu não me importo com isso. Aproveito a vista de Seul e o cheiro gostoso que o seu carro possui. Acho que de todos os seus carros, esse deve ser o meu favorito, e ele tem muitos.
Aviso quando estamos chegando e ele estaciona o veículo do outro lado da rua. Desço primeiro, atravessando com uma corridinha, deixando-o para me alcançar, não que ele precisasse de muito com as suas pernas longas e malhadas.
Quando entro, vejo uma jovem atrás do balcão lendo um livro. Ela parece ter mais de vinte anos, o cabelo é loiro e veste uma blusa de manga amarela com uma calça jeans escura.
—Olá.—Cumprimento.
—Boa noite, moço.—Seu sorriso simpático aparece.
Escutamos o barulho da porta se abrindo e, antes de olhar, sinto Jungkook atrás de mim. Ele acena para a moça com a cabeça, que faz o mesmo, voltando novamente a sua atenção ao livro.
Caminhando pela loja, olhando em volta. Passo pelas prateleiras, que estão muito bem-organizadas, com várias bugigangas e coisas para decoração de casas e jardins. Olho para trás, vendo Jungkook analisar as coisas com o cenho franzido, provavelmente tentando entender para que serve metade daquilo tudo.
Olho para o final das prateleiras à minha esquerda,achando o que eu tanto almejava.
—Aqui—Digo, olhando para um vaso de Lírio que está em minha mão.
—Deixe-me ver.—Jungkook pega o objeto por menos de dois segundos e me devolve.—Está perfeito. Agora vamos, estou com fome.
—Oh, obrigada, sem a sua ajuda eu não sei o que faria—Debocho e ele revira os olhos.
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A culpa é do amor
RomanceAs vezes quando falam que a nossa vida pode sim ter uma mudança repentina as pessoas acham que é bobagem, mas foi exatamente isso que aconteceu na vida de park jimin. Sendo secretario de Jeon jungkook, um dos ceos milionário da Coreia, na visão de...