Capítulo 10

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O alvo já estava na mira . Um disparo acontece. Uma bola acerta o alvo em cheio , derrubando-o .

- Parabéns garoto – o dono da barraca diz – Você acaba de ganhar, este carrinho de controle remoto.

Jenk pega o carrinho e o coloca no chão. Com as duas mãos, o garoto manuseia o controle e as suas funções. Alguns segundos testando os comandos , Jenk coloca o carrinho para correr em meio as pessoas do local .

- Obrigada! – agradece Emilly ao dono da barraca – Vamos crianças.

Jenk segue caminhando com o controle em mãos. O carrinho segue o trajeto, realizando manobras bruscas e arriscadas . Numa dessas manobras, o carrinho acaba acertando uma pessoa .

- Cuidado Jenk ! – Alerta Emilly.

- Tudo bem – comenta uma mulher entregando o carrinho – Foi só um arranhão, nada demais – a mulher confere o pequeno corte feito em seu dedo .

- Tenha mais cuidado Jenk , aqui está tem várias pessoas sentadas – Emilly devolve o carrinho para o garoto .

- Mãe? – Mag cutuca a mesma – Vamos naquele brinquedo.

- Na minhoca da diversão? – pergunta surpresa a mesma arqueando suas sobrancelhas.

- Sim – responde a garota entusiasmada .

- Tem certeza?

- Tenho .

- Tá bom então... -  acompanhando as crianças, Emilly caminha em direção ao brinquedo. Seus passos são interrompidos , pela vibração do seu celular em seu bolso . Olhando a tela do aparelho, a mesma verifica quem está ligando – Quenn .

- Emilly, estou aqui em frente a  sua casa .

- Desculpa, eu não estou em casa . Estou no parque com as crianças.

- Sem problemas, eu espero.

- Eu já estou indo – desligando o seu celular, Emilly volta a sua atenção para Mag e Jenk .

- Precisamos ir agora ? – pergunta Jenk segurando o seu carrinho de controle remoto .

- Nós podemos ir no brinquedo, antes de ir embora – Emilly acaricia Jenk .

- Se quiser mãe, podemos ir embora, não tem problema – responde Mag – Eu sei que é urgente, conheço você mãe.

- Não tem problema? – indaga Emilly .

- Não – responde ambos .

No veículo, Mag e Jenk brincam com os brinquedos que ganharam nas gincanas . Através do retrovisor central, Emilly observa a dupla brincarem enquanto mantém sua atenção no trânsito há sua frente. Dirigindo por alguns quilômetros, Emilly chega em seu destino. Avistando a viatura policial, a mesma estaciona o seu veículo em frente há viatura.

- Quenn

- Emilly – o policial cumprimenta a oficial.
- Alguma informação sobre os dois assassinatos que ocorreram ? – pergunta a mesma.

- Sim – Quenn entrega um relatório preliminar contendo algumas informações sobre os assassinatos – O caso 1 , a filha matou a mãe brutalmente. O que mais deixou todos assustados , foi que na hora da sua prisão, a assassina foi encontrada de joelhos e rezando um terço cheio de sangue.

- Quanta crueldade.

- O caso 2 é ainda mais bizarro. Uma mulher assassinou seu marido e esquartejou o seu filho. As partes esquartejadas do corpo , estavam sendo cortadas pela vítima, que aparentemente iria cozinhar eles .

Emilly não esboça nenhuma reação. Apenas arqueia suas sobrancelhas. Brincando com o seu novo carrinho, Jenk controla o brinquedo rapidamente pela calçada. O carrinho acaba parando no meio da rua e misteriosamente não funciona mais . Temendo que algum veículo passe por cima , Jenk corre em direção do brinquedo. Um veículo em alta velocidade entra na via e segue na rua do mesmo . Pegando o brinquedo, Jenk acaba se distraindo com o carrinho e descobre um botão. Pressionado um botão, uma música estridente saí de uma caixa de som do brinquedo. Avistando o garoto na via , o motorista tenta reduzir a velocidade. Porém, estranhamente o veículo não reduz a sua velocidade. Desesperado o motorista pressiona a buzina para alertar da sua aproximação .

A música do carrinho para. Ouvindo a buzina do veículo, o garoto corre até a calçada para se salvar . Vendo a situação, Emilly vai ao seu encontro.

- Tudo bem Jenk ? – pergunta Emilly assustada .

O barulho do cantar do pneus há poucos metros de distância atraí a atenção de todos . Conseguindo frear seu veículo, o motorista desembarca do veículo e procura pelo garoto até encontrá-lo .

- Está tudo bem? – indaga o motorista ofegante.

- Você está maluco !  – Emilly se exalta .

- O veículo não queria frear de jeito nenhum. Consegui frear o veículo, agora .
- Você Jenk , não pode ficar no meio da via – comenta Emilly – É perigoso – a oficial troca olhares com o motorista – Está tudo bem, pode ir . Mas dá próxima vez, não dirija o seu veículo em alta velocidade na via .

- Tá bom, ok .

- Vão lá para dentro de casa

- Que perigo – Quenn observa as crianças entrando na residência.

- Pelo que consta no relatório do caso 2 , a assassina está no hospital em estado grave .
- Sim . Acreditamos que ela não vai sair dessa , pelo seu estado de saúde – comenta o oficial – Há cada dia que passa , o seu estado de saúde piora . E a sua aparência então, sem comentários.

- É cada caso que aparece também – resmunga a oficial.

- O caso 1 , a assassina está na Penitenciária Rickers Island ,em uma solitária . A assassina diz que não se lembra de nada .

- Quem está há frente das investigações? – pergunta Emilly mantendo a sua atenção voltada para as crianças dentro da casa .

- O senhor Ludolf .

As nuvens negras da noite começam a tomar conta do lindo céu claro que aos poucos, começam a escurecer . Emilly se despede do oficial e entra na sua casa .

- Toma cuidado da próxima vez Jenk – a oficial bagunça seus cabelos – A rua é perigoso .

- Desculpa Emilly, só estava brincando.

- Tudo bem , agora sobe lá para tomar um banho . Daqui a pouco vamos jantar .

- Gostei dos meus brinquedos – Mag mostra todos para a sua mãe – Gostei mais desse ursinho! Ele é lindo .

- Que bom , que gostou filha – Emilly abraça a mesma – Faz tempo que não tiro um tempinho pra nós.

- Gostei do dia de hoje .

- Agora sobe lá, que vou preparar alguma coisa pra gente comer .

A noite é calma e tranquila . Sem muitas novidades. Na madrugada, um terrível acidente acontece entre dois carros .


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