Capítulo 1: O Desaparecimento

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Naquela manhã, Midvale despertou sob um céu pintado de tons suaves de rosa e laranja, indicando que o novo dia estava prestes a nascer. O ar estava fresco e carregado com a promessa de uma jornada cheia de desafios e recompensas. Uma brisa suave acariciava as colinas verdejantes, trazendo consigo os sons suaves da natureza despertando.

Enquanto a paisagem se iluminava gradualmente, Kara Danvers, uma produtora de queijo, sentiu o chamado do dever ecoar em seu ser. O despertador tocou, interrompendo seus sonhos e trazendo-a de volta à realidade. Com um bocejo sonoro, ela esticou os braços e lutou contra a tentação de se aconchegar por mais alguns minutos na cama macia.

Kara sempre foi uma pessoa matutina, apaixonada pela magia que a aurora trazia consigo. Apesar da pequena batalha interna com o sono, ela acolhia cada novo amanhecer como uma oportunidade de cuidar de suas amadas vacas e criar seus deliciosos queijos. O raiar do sol iluminava seu espírito, trazendo-lhe energia renovada para enfrentar as tarefas que a aguardavam.

Com os olhos ainda meio cerrados, Kara levantou-se da cama e se aproximou da janela, permitindo que a luz matinal iluminasse seu rosto. Um sorriso tímido se formou em seus lábios, enquanto ela agradecia silenciosamente pelo dom de mais um dia na fazenda. O ritual diário de acordar cedo era uma rotina familiar para ela, um compromisso firmado com a natureza e com as responsabilidades que a cercavam.

Kara caminhou até seu guarda-roupa e pegou suas roupas de trabalho, peças que refletiam a simplicidade e a praticidade da vida no campo. Um macacão de um tom azul desbotado de algodão resistente, exibindo manchas de terra e marcas de suas atividades rurais, a camisa de algodão branco, simples e prática, eram suas escolhas preferidas. Sobre ele, ela vestia um avental de tecido xadrez, usado para proteger suas roupas e adicionar um toque de autenticidade ao seu visual. Kara optou por não usar botas porque realizaria tarefas mais leves e menos exigentes no campo. Ela sabia que não enfrentaria terrenos acidentados ou úmidos, tornando as botas desnecessárias naquela ocasião específica. Kara preferiu usar um par de sapatos fechados confortáveis, que ofereciam mobilidade suficiente para as atividades que ela planejava realizar naquele manhã. Seus cabelos loiros, presos em um rabo de cavalo despretensioso, completavam o traje, tornando-a pronta para enfrentar mais um dia dedicado à sua paixão pelo queijo e ao cuidado de suas adoráveis vacas.

Com determinação e gratidão no coração, Kara olhou pela janela e viu o celeiro, que ficava a uma curta distância da casa principal da fazenda, pronta para mergulhar em suas tarefas e enfrentar os desafios que aguardavam. O celeiro, de tamanho modesto, abrigava com segurança as vacas e o equipamento necessário para as atividades diárias da fazenda. Além disso, Kara havia transformado uma parte da fazenda em um espaço encantador para visitantes conhecerem as etapas de fabricação dos queijos. Ela havia construído uma sala de degustação, onde os visitantes poderiam saborear os diferentes tipos de queijos produzidos ali.

Graças à excepcional qualidade de seus queijos, Kara havia recebido reconhecimento em sua região, ganhando diversos prêmios de qualidade ao longo dos anos. Seus queijos eram conhecidos não apenas pela sua riqueza de sabor e textura, mas também pela dedicação e cuidado empregados em cada etapa do processo de fabricação.

Além de permitir visitas à fazenda e oferecer degustações, Kara também havia aberto um pequeno restaurante no local, onde os visitantes podiam desfrutar de pratos elaborados com seus deliciosos queijos. Com um ambiente aconchegante e acolhedor, o restaurante se tornou um ponto de encontro para os amantes da culinária local, que apreciavam a combinação perfeita de ingredientes frescos, produção artesanal e hospitalidade calorosa que Kara proporcionava.

Enquanto saía do seu quarto aconchegante, o delicioso cheiro de café fresquinho a acolhia. Kara foi até a cozinha e pegou um pão de queijo e sua xícara preferida, aquela que tinha a frase "A Vaca da Kara", com um desenho de uma vaca estampado. Era um presente que sua irmã, Alex, havia lhe dado. "Alex, cê ainda vai ganhar sua xícara 'A Galinha da Alex', mi aguardi!", Kara pensou com humor, sabendo que sua irmã iria adorar uma xícara personalizada para ela também.

O Desaparecimento da MimosaOnde histórias criam vida. Descubra agora