🥀Four📚

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As orbes escuras cor de ônix abriram-se lentamente, a primeira coisa que Jungkook notou ao acordar, foi que estava em sua cama aconchegante, em seu quarto, o que imediatamente estranhou.

Procurou sinal de alguma outra pessoa no cômodo e nada encontrou. Chegou a conclusão de que estava sozinho, mas afinal...

Como caralhos eu cheguei em casa ontem a noite!?

Perguntou-se mentalmente massageando a lateral da cabeça ao se sentar na cama, a última lembrança que tinha era do Sr. Atraente.

Aquilo foi real ou um delírio da minha cabeça!?

Aqueles olhos. Tão intensos e profundos encarando-o como se pudesse enxergar sua alma.

Jungkook tocou o próprio peito sentindo as batidas desenfreadas de seu coração e fechou os olhos, buscando na memória o que havia acontecido.

Lembrou-se do beijo quente e luxurioso que trocou com o estranho, as mãos firmes em seu corpo... A mordida!

Rapidamente levantou-se num pulo se dirigindo ao banheiro e encarou o próprio reflexos no espelho, não havia nenhuma marca de mordida.

Será que imaginou a mordida? Não desapareceria assim do nada... Não é!?

A cabeça latejante e os pensamentos embaraçados não o deixavam pensar com clareza. Notou seu celular vibrando em cima da escrivaninha ao lado da cama e pegou o aparelho na mão visualizando várias ligações não atendidas e mensagens não respondidas de seu melhor amigo, Kim Taehyung.

Xingou-se mentalmente, o amigo lhe mataria por não ter atendido suas chamadas e nem respondido as trezentas mensagens que havia mandado. Para acabar de completar, estava extremamente atrasado para o trabalho e receberia uma bela bronca de seu chefe rabugento, que não tolerava atrasos dos funcionários.

Meu dia será uma merda...

Pensou pesaroso e dirigiu-se rapidamente ao banheiro para tomar um banho rápido. Vestiu a roupa de trabalho e arrumou suas madeixas escuras, colocou o celular no bolso da calça e antes de sair, comeu um muffin. Apressou o passo até a cafeteira que trabalhava e entrou pela entrada dos funcionários pelos fundos da loja, colocou seu avental por cima da roupa e se posicionou no balcão de atendimento, ganhando um olhar repreensor de sua colega de trabalho e amiga, Eunbi.

– Está atrasado, Jeon. Se o chefe souber que não chegou no horário, irá descontar do seu salário! – Disse em tom de aviso.

– Sei disso... Mas você não irá contar, não é, Eun? Eu sempre lhe cubro quando precisa resolver seus assuntos pessoais e nunca reclamei! – Acrescenta com um sorrisinho e a garota revira as orbes.

– Você sabe que eu não contaria, não quero lhe prejudicar, Jun. Mas tente chegar no horário amanhã, certo? – Ditou mandona, como sempre. Eunbi tinha um jeito autoritário de agir.

– Sim, senhorita capitã! – Brincou batendo continência como um soldado do exército e a amiga riu da brincadeira.

Ambos eram amigos desde que Jungkook começou a trabalhar na cafeteria. Eunbi era uma moça legal e engraçada, tornava aquele trabalho mais divertido com sua presença. Já trocaram diversos favores e sempre se ajudam quando o outro precisa, uma amizade que poderia vir a ser um namoro, porém, seria impossível de acontecer já que o garoto gosta de outra fruta.

– O chefe está mais mal humorado do que de costume hoje. – Comentou Eunbi, com a voz baixa, enquanto preparava o pedido de um cliente.

– Fale um dia que ele não está de mal humor, Eun. – Respondeu em tom óbvio.

– Hoje está pior, é sério. O homem entrou por aquela porta com cara de quem comeu e não gostou. Acho que é falta de sexo. – Soltou uma risadinha de deboche. – Ele está precisando mesmo de uma pimbada, como diz minha avó.

– Pelos céus, Eun!

Jeon riu baixo tentando controlar a gargalhada que deixaria escapar. A amiga não tinha filtro algum e nem papas na língua, era o tipo de pessoa que falava o que vinha a cabeça, na maioria das vezes, de conotação sexual.

O sino acima da porta tocou anunciando um novo cliente que acabara de entrar na cafeteria.

Ao olhar para frente, o jovem de orbes negras mal acreditou no que via, pensando se sua visão não lhe pregava uma peça. Era ele...

B-Bom dia! B-Bem-vindo ao Coffee Busan! Qual é o seu pedido, senhor? – Tentou manter a naturalidade, embora seu nervosismo fosse nítido pela voz.

Bom dia, docinho... – A voz rouca e melódica respondeu ao outro – Quero um chá gelado, por favor.

– É para agora ou para viagem?

– Vou tomar agora. – Observou o mais novo acenar em concordância e digitar no computador. – Que coincidência nos encontrarmos em seu local de trabalho, não é mesmo?

S-Sim... – Disse nervoso.

Não acredito em coincidências, Park...

Aqui está seu chá gelado, senhor. Qual a forma de pagamento? – Colocou o copo médio com uma tampa de plástico e um canudo sobre o balcão de atendimento.

– Cartão. Me dê algo doce para acompanhar, sim? – A língua serpenteou os lábios carnudos e hidratados do mais velho.

– Q-Que tipo de doce?

– O que você quiser, docinho. – O apelido causou arrepios pelo corpo do balconista e um rubor nas bochechas.

Jungkook rapidamente pegou um dos cupcakes dispostos na vitrine do balcão, o bolinho tinha glacê amarelo e vários granulados por cima. Park sorriu, exibindo os pequenos caninos brancos e, aparentemente, afiados na direção do garoto com as bochechas rosadas.

Obrigado, docinho. – O agradecimento soou como música para os tímpanos do universitário.

O cliente finalizou seu pedido e fez o pagamento com cartão de crédito, logo caminhando até umas das mesas vagas do estabelecimento. Jungkook havia ficado em transe com a presença do misterioso, esquecendo-se do mundo a sua volta. Park causava esse efeito nele só com sua presença.

– Jun! Jungkook! Jeon Jungkook! – Recobrou os sentidos ao escutar uma voz o chamando, especificamente, a voz impaciente de Eunbi. – Estou lhe chamando há uns dez minutos, está dormindo acordado por acaso!? Mexa-se, saeng, você tem pedidos para digitar.

– Perdão, Eunbi-noona. – Desculpou-se fazendo um biquinho nos lábios finos, que derreteu imediatamente a expressão enfezada da garota.

– Certo, certo. Não precisa fazer esse biquinho adorável, está tudo bem. – Apertou a bochecha do menor entrando pela portinha que levava a cozinha.

Em uma das mesas, Park Jimin sorria ao dar uma mordida em seu cupcake, encarando intensamente o garoto humano que provou-lhe os lábios macios e o sangue doce e viciante da noite anterior.

O destino faria sua parte e o vampiro se encarregaria do resto.

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Esse reencontro hein? O que vocês acham que vai acontecer? Me contem suas teorias nos comentários.

Desculpem pela demora de att :(
Eu sou movida a inspiração e imaginação, tenho que estar bem inspirada para escrever.

Não se esqueçam da ⭐ e de comentarem, viu!

Até a próxima att, babys :333

Love With Taste Of BloodOnde histórias criam vida. Descubra agora