Capítulo 24 - Responsabilidades

18 1 0
                                    

No dia seguinte Matthew Brown chegou na casa dos Mitchell's acompanhados por ninguém mais, ninguém menos, que Alvo Dumbledore. O diretor parecia muito bem humorado, em vista dos recentes acontecimentos e após cessar a comoção que a chegada de Matt provocara nos amigos, o diretor pediu uma palavrinha a Lizzie e ambos se dirigiam a cozinha.

Era um espaço mal iluminado, principalmente graças a névoa constante no ar, que impedia a passagem apropriada de luz pelas janelas, de fato era um cômodo pequeno e um pouco sufocante, não melhorou quando Dumbledore lançou feitiços às portas e janelas. Finalmente se acomodaram um de frente ao outro na estreita mesa da cozinha, com um aceno da varinha, dois copos de uma substancia dourada surgiram na mesa e Liz não hesitou em tomar um longo gole.

- Um dos melhores que já bebi, sem duvida - Disse o diretor se referindo ao hidromel e voltou os olhos para a garota que se mexia desconfortavelmente na cadeira - Como tem passado, Elizabeth?

- Muito bem - Não era exatamente mentira - E o senhor?

- Ah ótimo, na medida do possível - E Liz percebeu que a mão do diretor estava enegrecida e com um aspecto um pouco como um cadáver em decomposição.

- O que houve com a sua mão? - Dumbledore mirou a mão com indiferença.

- Uma grande aventura sem dúvida, testei uma velha teoria minha e obtive um certo sucesso...

- Não - Pediu Lizzie de repente, fazendo o diretor se sobressaltar na cadeira - Seja lá o que for, não me conte, eu não quero que um deles saiba de qualquer coisa por mim...

Surpresa se iluminou nos olhos de Dumbledore, em seguia uma afeição muito grande se apoderou dele, ele que sempre enxergara Elizabeth como uma aluna tão fora dos padrões que as vezes se esquecia que ela era uma adolescente, naquele momento porém ela não agia como uma, sentia que estava falando com uma adulta, minando sua própria curiosidade para um bem maior.

- Esse comentário me fez muito menos culpado em lhe pedir o que estou prestes a pedir. Tenho um grande peso para depositar em suas costas Elizabeth, gostaria de poder postergar-lo, mas admito que nosso tempo passou a ser limitado.

Foi a vez de Elizabeth olhar surpresa para o diretor, ela absorveu as palavras tentando ler nas entrelinhas e, ao observar a mão enegrecida do bruxo, ela soube. Sentiu-se da mesma forma de quando se deparara com a inevitável morte de Sirius, completamente impotente, o coração agora lhe apertava o peito e ela quis chorar.

- Ora vamos - Disse Dumbledore que ficara em silencio por tempo demais -  A tarefa que tenho que lhe delegar é no mínimo curiosa, mas antes precisamos ter uma rápida discussão sobre as circunstâncias da morte de seus pais.

"Acho que ambos sabemos o porquê os comensais da morte estavam lhes caçando a tantos anos, eles queriam algo que seu irmão havia herdado, a tentativa de obte-lo causou a morte de sua família. Mas você sobreviveu, não por nenhum grande feito mágico, mas pela simples curiosidade que lhe permitiu não estar em casa na hora que tudo aconteceu".

"Meu medo é que caso tais circunstancias sejam reveladas, Voldemort tente chegar até você, em busca da mesma coisa que seu irmão possuía"

- Mas não eu - Interferiu Eliza - Eu não herdei aquilo...

Dumbledore parecia refletir por um momento, como se estivesse tentado a lhe dizer alguma coisa, mas ele pareceu desistir do que quer que fosse.

- Voldemort não sabe disso, não entende aquele tipo de talento e talvez nunca vá entender, mas acredito que ele faria qualquer coisa para facilitar sua ascensão ao poder e utilizar de uma arma como a senhorita seria muito benéfico. Exceto pelo fato de que você não poderia lhe atender as expectativas, o que resultaria em uma morte muito dolorosa.

Moonlight - Draco MalfoyOnde histórias criam vida. Descubra agora