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Sejam muito bem vindes a Can I Keep You! Vocês pediram e cá está ela. Inicialmente ela é uma oneshort que eu separei em 4 partes(?), então tempos mais uma fic curtinha só pra deixar vocês com o coração baitola viadinho.

Comentem, ok? Me dêem o feedback pra eu poder saber se posso continuar ela regularmente junto com Six Thirty — se não ela vai de 21 hein!

(...)

O problema de ser a melhor amiga de Yoko Tanaka é que você nunca se acostuma com ela, não importa quanto tempo passe em sua presença. Claro, você aprende a não pular quando ela grita inesperadamente em vez de manter sua voz em um nível normal, ou quando ela pula em você por trás para cavalgadas improvisadas. Mas ainda assim, ela é muito para absorver, mesmo em seus melhores dias.

Quando Yoko invade o apartamento de Enid, Enid vê primeiro o flash de vermelho brilhante e depois o azul contrastante, e há aquele momento de, "Jesus Cristo, o que diabos está acontecendo?" antes que ela perceba que é apenas Yoko e se acalme.

— Isso estava trancado. — Enid diz a ela, colocando uma mão em seu quadril.

— Eu tenho uma chave. — Yoko diz de volta.— E notícias. Eu tenho notícias.

Enid sabe que não deve colocar lenha na fogueira que é Yoko e, em vez de implorar para saber que novidades ela tem, ou aproveitar a energia de Yoko e pular para cima e para baixo, ela arqueia as sobrancelhas e se abaixa para pegar o pelúcia animal do chão.

— Você não vai nem perguntar ? — Yoko exige. Enid bufa e coloca o bichinho de pelúcia na caixa com os outros brinquedos.— Tudo bem, eu vou falar, mas só porque você me perseguiu. Eu...— ela faz uma pausa para efeito dramático. — Tenho um encontro. Tipo, um encontro real. Como em, haverá mais do que apenas boquetes atrapalhados no banco de trás de seu carro. Estamos indo jantar.

Enid pisca porque, bem, isso é meio surpreendente. Enid e Yoko têm regras muito rígidas de 'nunca namoro', por razões muito diferentes. Enid não namora porque é meio difícil explicar no café que o primeiro garoto com quem transou engravidou e que ele deixou o bebê para ela cuidar, o bebê que agora tinha quatro anos e já era menina velha. Yoko não namorou porque Yoko acreditava firmemente que, embora o amor possa existir, ela fica muito mais feliz transando com todas as pessoas atraentes que conhece — homem ou mulher; quando se trata de Yoko, não há preferência real de gênero — do que se limitar a uma única pessoa.

— Seria um crime, realmente,  Enid. Estou prestando um serviço público ao mundo.

— Com quem? — Enid pergunta, afundando em seu sofá. Ela tem mais duas horas antes de pegar Emma na creche, e hoje ela não está trabalhando depois das aulas, então está livre. Enid não sabe mais exatamente o que fazer com o tempo livre.

— Você sabe com quem. — Yoko diz com veemência, indo em direção à cozinha.

O apartamento de Enid não é enorme, mas é barato. Na verdade, é basicamente um cômodo grande — sala de estar, sala de jantar e cozinha no mesmo espaço aberto — com três portas contra a parede esquerda, duas delas levando aos quartos, uma levando ao pequeno banheiro com a pia constantemente pingando.

Enid, de fato, tem um palpite de com quem Yoko conseguiu um encontro, ela simplesmente não consegue acreditar, porque. — Você odeia aquela mulher.

— Isso é verdade. — Yoko concorda enquanto se serve de café. — Eu a detesto com um fogo ardente que só o sol poderia realmente compreender. Mas...— Yoko suspira e adiciona creme à sua bebida. — Ela tem umas mãos, Enid. Honestamente, não é justo. Quero dar um soco na cara dela e me foder com aqueles dedos ao mesmo tempo.

Can I Keep You | Versão WenclairOnde histórias criam vida. Descubra agora