A dama das rosas.

Capítulo 2

AYLA

John estaciona na frente da casa onde indico, vejo os olhares surpreso deles.

Tenho orgulho dessa casinha abandonada que achei, estava sem ninguém mesmo então não é invasão.

Ela não está tão feia assim, sua pintura salmão não está descascada e por dentro também então posso dizer que está num bom estado.

— Essa casa era no Sr. Edeval, depois que sua esposa faleceu ele acabou se colocando em uma pousada pra idosos. _ Mary comenta enquanto seu marido sai do carro e abre a porta pra mim.

— Como estava sem habitante eu entrei e a peguei pra mim, isso pode me causar problemas? _ Olho pra eles temerosa depois de sair do carro.

— Não querida! E se acabar acontecendo alguma coisa pode contar conosco! Sempre quis ter uma filha mulher. _ Sorrio pra ela enquanto a mesma acaricia minha bochecha e depois olha pro meu bebê dormindo.

— Posso segurá-lo? Faz tanto tempo que não pego um bebê tão pequeno. _ Seus olhos brilham, mas fico um pouco receosa já que sempre fui sozinha minha gestação toda e não consigo confiar mais nas pessoas.

— Eu não quero ser chata e nem nada mas.... _ Ela me olha em compreensão.

— Está tudo bem querida eu te entendo perfeitamente. _ Lhe dou um sorriso sincero.

— Obrigada! Vamos entrar? Eu não posso oferecer muito pra vocês, mas um cafezinho é a minha especialidade. _ Falo enquanto pego a chave de casa   equilibrando Leon no braço direito.

— Mas você vai comer o que na janta?_ Abrindo a porta entro primeiro e dou espaço prós mesmos entrarem.

— Não liguem por não ter nada, ainda não tive a oportunidade de conseguir comprar as coisas pra casa. _ Na verdade nunca vou ter já que as rosas não dão muita grana.

(Você quis dizer que são as pessoas escrotas que não param só pra comprar a porra de uma rosa?)

Nisso eu tenho que concordar sub!

— Não tem problema querida eu sei o quanto deve ser difícil pra você. Mas a senhorita não respondeu a minha pergunta. _ Eu ia passar no mercado antes de vir pra casa mas como eles me ofereceram a carona não queria negar.

— Deve ter um macarrão instantâneo, eu me viro é sério não precisa se preocupar. _ Ela revira os olhos e manda o marido ir ao mercado.

— Não quero que gastem dinheiro comigo!

— Querida temos dinheiro pra dar e vender. _ Diz John já pegando a carteira e a chave do carro.

— Mas eu não quero! Por favor peça alguma coisa pra comermos mas as compras deixa que eu faço! _ Posso estar sendo chata mas não gosto dessa atenção toda que estou tendo.

— Tudo bem então! Vou pedir comida chinesa o que acham? _ Minha barriga ronca só com a sua fala me fazendo ficar com vergonha.

— Claro, vou colocar meu filho no berço e já volto. _ Caminho chegando ao quartinho do meu menino.

Que bom que guardei dinheiro enquanto trabalhava no restaurante, pelo menos consegui fazer a decoração como queria.

Seu quarto e em tons neutros, não queria uma parede azul e taus então eu mesma pintei, comprei o berço o trocador e mais algumas coisas que consegui com o dinheiro.