cap 8

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Katsuki pov's/

Eu estava nervoso, minhas mãos estavam trêmulas e a gente estava perto demais... Por um segundo pensei em puxar assunto mas estava muito apreensivo para isso. Seu hálito quente colidia com o meu rosto e sua respiração ofegava um pouco, provavelmente estava assim por conta da bebida. Involuntariamente por mais que eu tentasse segurar saiam um pouco dos meus feromônios e quando isso acontecia era possível escutar suspiros vindo do mesmo.

–quantas partidas você acha que já foram..?–ele falou um pouco mais baixo.

–não faço ideia... Tcs...

Por conta dos meus feromônios o alfa estava cedendo aos poucos e em reprovação mandava os deles de volta para mim e aquela mesma tensão se formava entre nós de novo, confesso que da forma que nossos corpos estavam colados estava me trazendo uma certa excitação.. ambos ofegando, olhos fixos um ao outro e aos poucos nossas faces iam se encostando, quase como se fosse um ímã que estava prestes a se pregar. Nossos lábios se tocaram, um milhão de sensações diferentes envolviam meu corpo e eu me sentia tão errado... Mas errado de um jeito bom..

/Todoroki pov's/

Eu entendo totalmente que é errado me aproveitar de tal situação, como a bebida e a forma em que estávamos tão colados...
Nosso beijo era inocente e calmo, eu nunca imaginei que o Ômega poderia ceder tão facilmente a mim... Nunca pensei que tal situação fosse me levar a essa vontade toda. Meu alfa já queria marca-ló e eu podia sentir sua vontade dentro de mim, me rasgando e trazendo um fogo insaciável. Mas por hora, eu deveria ir devagar...

Bem devagar...

Não quero te assustar...

Nossos lábios se encontraram, nossos feromônios parairavam pelo ambiente apertado nos sufocando cada vez mais em extremo desejo, o beijo inicialmente começou ferozmente, quase como se descontassem todo o seu desejo acumulado... Mas se nós faltou e isso foi a pausa que precisamos par lá que nós olhassemos depois de tudo isso.

–Faiscas..–ele comenta enquanto os seus olhos brilhavam.

–Awn?–antes que eu pudesse raciocinar qualquer coisa meus lábios foram tomados novamente.

Nosso beijo era lento e quente, era possível ouvi-lo suspirar enquanto nossas línguas se entrelaçam quase como se dançassem em harmônia. Eu apertava fortemente sua cintura enquanto o mesmo puxava devagar os cabelos da minha nuca, era tudo muito excitante e o calor só contribuía para que isso aumentasse cada vez mais e....

–Acabouuuuuu o tempo otários.–era possível ouvir a rosada gritando enquanto entrava na sala.

Ela destrancou o armário e nos dois caímos bruscamente no chão, Katsuki estava vermelho e ofegante mas por algum motivo desconhecido ele não queria olhar pra mim.

–Eu pr-preciso i-ir–falou apertando com força a camisa na região do peito, então se levantou e saiu correndo em disparada.

–Rolou? Não rolou?–a rosada pergunta enquanto rodava as chaves nos dedos.

–É, rolou–confirmei–mas o que aconteceu agora?

–O medo–ela respondeu num tom simples, quase como se fosse óbvio.–vamos voltar ao jogo?

–que estranho.–falo me levantando enquanto limpava a poeira da minha roupa.–claro, vou logo atrás de você.

Voltamos lá pra cima e eu só conseguia imaginar nosso beijo, e também não entendi o que ele quis dizer quanto viu "faíscas"... Mas tudo aquilo parecia um sonho e eu temia que talvez não fosse real..

/Katsuki pov's/

Eu corria desesperadamente os corredores daquele prédio velho, deci as escadas quase sem ar sentindo aquela sensação de agonia tomar todo o meu corpo... Precisava voltar para quarto e era exatamente isso que eu iria fazer.
Passei pela passagem, pela quadra e pelos grandes corredores da U.A, estava perto do quarto, mas estava me sufocando, temia que não conseguisse chegar no quarto a tempo.

Você precisa de acalmar
Precisamos do alfa

Meu lábio interior me dizia de maneira repetitiva enquanto minha cabeça entrava em uma crise de ansiedade que estava assolando meu corpo por dentro.

–NÃO PRECISAMOS DE UM ALFA, EU CONSIGO SOZINHO–falo com extrema ignorância.

So estamos em crise por causa do alfa, precisamos que ele seja nosso

Por um lado, o lobo idiota estava certo! Só estávamos em crise por causa dele.. temos pouco tempo de convívio mas os sentimentos estranhos que eu tenho por ele assustam a minha mente. O medo me faz agir por impulso e me faz acreditar em atrocidades que não são reais, mas é incontrolável, e a maneira feroz como os pensamentos vem rasgando a minha cabeça me deixam louco, eu já tive um Alfa e isso me custou muito.

Abro bruscamente a gaveta da minha escrivaninha procurando por algumas cartelas de calmante. Minhas mãos trêmulas tentavam soltar os comprimidos de maneira rápida e os colocando tudo de uma vez na boca. Até que ponto vai a rejeição de um amor? Até que ponto vai o rejeitado? Até que ponto vai alguém com os sentimentos feridos? Alguém com uma alma morta? Alguém vazio? Alguém sem chão? Alguém solitário? Á procura de sua alma? Até quando alguém assim aguenta? Eu não sei... Mas creio que já cheguei ao meu limite.
Aos poucos minha cabeça foi relaxando e os poucos minha visão foi ficando escura...

/Autora pov's/

Precisamos ver o ômega

O alfa interior de Toroki lhe atormentava a cada segundo que passava, o mesmo agoniado decidiu ir embora, a madrugada estava prestes a começar e também ficou preocupado com reação de Katsuki sobre o que havia acontecido. Queria conversar e esclarecer suas intenções, afinal não queria que o ômega pensasse que fosse um tarado qualquer.

Se despediu do pessoal e foi diretamente para o dormitório, pensava nas palavras de Mina e tentava decifrar o que ela quis dizer com "O medo", a que ponto o medo pode chegar afinal?
Bateu na porta do dormitório, mas ninguém atendeu.. então apenas entrou, o quarto estava escuro e apenas conseguia ouvir a respiração do outro.

–Bakugou..?–chamou mais não obteve resposta, então decidiu ligar as luzes e logo em seguida fechando a porta.

O loiro dormia tranquilamente, sentado com a cabeça entre os braços encima da mesa. Então teve a chance de apreciar mais, embaixo dos olhos estava meio úmido pelo fato de ter chorado, mas seu rosto era angelical, pelo menos era o que o bicolor pensava.
Os feromônios que saiam do loiro estavam fortes e com um odor estranho, fora do normal... Isso podia significar que não estava bem ou que algo estava lhe perturbando profundamente.

Temos que ajudar o ômega

E o bicolor atendeu, antes que fizesse qualquer coisa trocou suas roupas, vestiu algo mais confortável e arrumou a cama para que pudesse colocar o loiro confortavelmente, depois com bastante delicadeza pegou o menor no colo e o colocou na cama. Encima da mesinha tinha umas cartelas de calmante o que de fato preocupou um pouco o bicolor pois isso não poderia e provavelmente não seria um bom sinal. Pegou seu celular e olhou já era 1:00 hora da manhã, antes que fosse deitar bebeu um copo d'água e pode respirar fundo. Mas o cheiro que exalava pelo o quarto lhe incomodava profundamente e estava deixando seu alfa agitado e agoniado, não entendia o por que dele ser tão obcecado por aquele ômega. Então numa tentativa de conforto, deitou se na mesma cama que o loiro e o abraçou, soltando feromônios tranquilizantes e mostrando sua presença para acabar com toda a aflição do loiro e assim acabou adormecendo também.

Horas mais tarde...

Tic tic, tic tic, tic tic...
O despertador era quase insuportável, indicava que já era hora de levantar.
Katsuki foi o primeiro a acordar, o cheiro que exalava do bicolor era bom, passava uma sensação de calmaria e deixava o ômega tranquilo. Nem se ligou que estava preso num abraço, apenas queria apreciar aquele momento, mas quando se tocou o que estava acontecendo, o empurrou bruscamente.

–mas que porra é essa?–susurrou pra si mesmo enquanto encarava o outro dormir.

....

Continua

todobakuOnde histórias criam vida. Descubra agora