Entre Escombros, Descrevo Amores

Musa

Eu sei que estou tão distante
Isso nunca será culpa sua
Mas eu realmente tenho que ir
A dor em meu peito queima, e tudo que queima pode ferir

A dor é instavel
Porém constante quando se trata de nós
A ida, e o término são previsiveis
veja por si mesma, ja estivemos aqui antes

E antes que o resto acabe
Antes que guerras estourem
Antes que aquela garota tão brilhante de olhos castanhos, perca seu brilho
Eu lhe deixo está carta

Assinada a punho
Assasino meu eu lírico
Enquanto deixo minha musa
Afinal fins justificam os meios?

A felicidade do ser mais perfeito já conhecido
Em troca da infelicidade e amargor recorrente
De um poeta não tão merecedor de alguem como você
A sobrevivencia da sua aura, da sua nebulosa, vale mais apena

Do que viver em meio a suicídios poeticos
Do que se sentir a beira do fim alheio
E não passar um dia se quer sem chorar
Esperando que acabe da melhor forma

Com você ao meu lado
Mas sabemos que não acaba assim
Essa história não tem final feliz
Essa história não passa, de um conto de fadas, e nós mesmos escrevemos

Tentamos de tudo, aguentamos tanto
Mas meu desabar iminente
Racha nossas muralhas e destrói oque sentimos
Minha confusão mais uma vez causando estragos, e deixando tudo
Um pouco mais caótico que o normal

O amor... doce, forte, e macio
Cheio de leveza mas fica tão pesado em certos dizeres
Cheio de espinhos e de cura, nunca quis ver vc chorar
Eu juro, suplico a ti perdão, mas nao posso ficar

Não posso ver você se cortar mais uma vez
De forma figurada ou não, isso parte meu coração
Eu sei que sou motivo de parte do aumento do caos
Mas agora serei motivo dessa fração sumir

Por favor aceite este poema
Leia este adeus
Por uma última vez ouça aquele poeta que te encant(ou)
Te declamo uma última vez, palavras de um poeta vazio, que sangra por entrelinhas

Em busca de um último sorriso de sua maior inspiração...

-@escrevendo_entrelinhas
Cosme