𝟎𝟐

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Infelizmente para Kaeya tudo não passou de uma brincadeira para você, pelo menos era isso que parecia nos olhos dele. Do mesmo jeito que você apareceu de repente na vida dele, você foi embora, junto com o último vento do verão, deixando Kaeya para trás sem muitas explicações, apenas que não dava mais certo, que não parecia mais como antes e se foi.

Kaeya ficou em choque, algo dentro dele não aceitou isso como verdade, Kaeya nunca tinha amado alguém como ele te amou. Kaeya nunca foi de desistir facil, foda-se aquela frase de “Se você ama, você deixa partir.” Depois que ele te conheceu, que ele experimentou como era estar junto com você, ele jamais te deixaria ir sem lutar por isso. 

O plano de Kaeya começou uma semana depois, ele fazia questão de estar em lugares que você estaria, passando perto de você e esbarrando sem querer. Ele queria que você notasse ele, viesse até ele, o que não aconteceu, exceto o dia que você entregou a ele alguns documentos de trabalho.

 Kaeya começou a segunda parte do plano num final de semana. Quando vocês se encontraram, por acaso, no bar de Diluc. O ruivo havia feito sua parte do favor a Kaeya, informando se você estivesse por lá. Assim Kaeya foi direto para o local, como sempre bem arrumado, os cabelos bem presos, roupas bem passadas, e aquele sorriso convencido. O moreno agradeceu a Diluc numa piscadela, o ruivo apenas revirou os olhos, esperando que Kaeya sumisse logo de sua vista, o moreno se pegou indo até o balcão pedindo por uma bebida. 

Olhos em você o tempo todo, suas roupas estavam abraçando suas curvas bem, o brilho do batom em seus lábios e os cabelos arrumados, tudo em você estava atraindo Kaeya. Você estava com seus colegas de trabalho, Kaeya os conhecia muito bem, eles viviam em volta de você, conversas banais e fofocas. 

Essa era a chance perfeita, Kaeya sabia que quando você saia com eles sempre acabava bebendo demais, apenas por estar presa na conversa e não perceber quanto álcool já havia ingerido, para sua sorte Kaeya estava lá! O homem a levaria para a casa e cuidaria bem de você, fazer você perceber o que tinha deixado ir, ou o que estava à sua mercê.

Kaeya só não contava com a ideia de talvez não ter nenhuma abertura para chegar até você, seus amigos não saíram de perto de você nem por um minuto durante toda a noite. Quando chegou meia noite, metade dos seus amigos já tinham ido embora, sempre em duplas, você acabou sentada sozinha já que a sua última amiga tinha acabado de sair, aparentemente o namorado dela tinha ido buscá-la, Kaeya questionou o porquê de você não ter pego uma carona, quando o pensamento de ir até você o alcançou você se virou, pegando Kaeya no pulo. 

Com você se aproximando dele a única coisa que passou na mente do homem foi como você parecia bonita, seus olhos brilharam com o que ele reconheceu como determinação, aquela determinação bêbada que você provavelmente não teria se não estivesse bêbada.

“Pretende continuar me olhando até quando? Entenda que acabamos Kaeya. Não fique me perseguindo.” Você murmurou, as palavras saindo levemente emboladas umas nas outras, Kaeya não conseguiu levar você a sério, você nem sequer olhou nos olhos dele enquanto falava, você claramente estava o evitando.

“Pretendo te olhar até não ser mais possível ver querida.” Kaeya se aproximou mais invadindo seu espaço pessoal e segurando seu ombro. “Venha, vou te acompanhar até em casa, já que seus amigos te deixaram sozinha nesse estado.” 

“Eles não me deixaram sozinha, eu apenas quis ficar e beber um pouco mais.” Você bufou cruzando os braços, se recusando a sair com Kaeya. “Eu sou capaz de cuidar de mim mesma Kaeya.”

“Sim? Eu aposto que você não se lembra nem do caminho de casa.” Kaeya provocou segurando sua mão e te conduzindo para fora do bar.

“Eu poderia ir embora até de olhos fechados.” Retrucando você apertou a mão dele e saiu em frente, ainda segurando as mãos de Kaeya.

“Eu estarei atrás de você querida, vamos ver até onde você vai nos levar.” Kaeya sorriu observando você andar engraçado, você ainda andava em linha reta, mas isso provavelmente não ia durar muito, Kaeya percebeu quando você afrouxou o aperto em suas mãos e quando você começou a andar mais devagar, Kaeya jogou mais algumas provocações para você mas não foi respondido, apenas alguns resmungos saíram de sua boca, Kaeya sabia que o sono e cansaço estava tomando conta de você. 

Se aproximando mais de você ele passou o braço em volta da sua cintura te segurando no lugar.

“Vamos, vou te levar nas minhas costas.” Kaeya observou você balançou a cabeça em um aceno desleixado e se abaixou na sua frente, logo ele sentiu seu corpo pressionando contra as costas dele, Kaeya segurou suas coxas e se levantou assim que você passou os braços pelos ombros dele, logo ele estava caminhando em direção a sua casa. 

Você passou a caminhada encostada o mais próximo que conseguia em Kaeya talvez inconscientemente você esperava estar mais perto dele, Kaeya não se importou com a ação, julgando-a apenas como medo de cair.

Quanto mais perto de sua casa Kaeya chegava mais devagar ele andava, querendo continuar perto de você, o calor do seu corpo pressionado a ele, Kaeya ainda não estava pronto para deixá-la descer.

Eventualmente ele foi obrigado a isso, se abaixando lentamente para que você pudesse descer das costas dele. Com cuidado você desceu e cambaleou até o portão da casa abrindo-o, o portão velho de ferro rangeu como se alertasse para Kaeya que esse plano dele iria dar errado. O homem não se importou com a ameaça no entanto, seguindo você portão adentro, garantindo que você não tropeçasse e caísse.

"Precisa de ajuda com as chaves?" Kaeya ofereceu quando você demorou de mais em encontrar a chave certa e colocá-la na porta, você olhou para ele emburrada, não querendo ajuda, Kaeya interpretou isso como uma deixa para pegar as chaves da sua mão. Irritada você apenas cruzou os braços e deixou Kaeya abrir a porta para você, assim que a porta abriu sua casa a saudou com um ar quente, sentindo-se ainda mais cansada de repente você se esgueirou para dentro e se jogou no móvel que viu, para sua sorte foi um sofá bem macio.

Kaeya entrou logo atrás, assim que ele fechou a porta e se certificou de que ela estava trancada. Sua casa parecia diferente desde a última vez que ele esteve nela, alguns móveis mudaram de lugar, algumas decorações eram novas, e você definitivamente relaxou em relação a manter sua casa arrumada, seus objetos se acomularam em seu balcão, uma mistura de xícaras e papéis sobre o mármore, sua mesa tinha uma cesta de roupas sobre ela, o vaso de flor que você se orgulhava de deixar sobre a mesa estava lá, escondido por pilhas de cadernos e folhas que Kaeya julgou ser mais trabalho. 

Olhando você e encolhida sobre o sofá Kaeya sorriu levemente e arregaçou as mangas, ele faria um favor a você ao arrumar aquelas pilhas de coisas esparramadas nos cantos. Ele acordaria você assim que tivesse as coisas sob controle. 


 

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