Prólogo

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14 anos atrás

Naquela noite tudo havia mudado, Madson perdeu seu pai contra um ataque inimigo, os lobos da alcateia Woods. Não passavam de bestas sanguinárias e sem coração, matavam por prazer só para ouvir os gritos de dor acompanhados com horror de suas vítimas. Eram da mesma espécie, mas isso pra eles não significavam nada. Apesar de inúmeras vítimas, a alcateia Lua de prata resistiu, mas jamais voltaria a ser como antes.

Havia vários corpos dilacerados pelos cantos, algumas casas destruídas e em meio aos destroços uma garotinha de uns 5 anos ferida e suja junto ao corpo de seu pai já sem vida. Era impossível não travar aquela batalha e não perder vidas de ambas alcateias. O caos havia se instalado e para aquela garota agora só restaria o vazio em seu peito junto a sua perda, podia não entender muito sobre a vida mas de uma coisa sabia: tudo jamais seria igual outra vez.

As casas já estavam sendo reconstruídas, algumas até terminadas mas a tristeza e angústia ainda predominava seus corações, com exceção de Ester, mãe de Madson. Ester sempre foi uma mulher desprezível e não se importou quando o pai da garota morreu, para todos ali aquilo não era uma novidade, pois sempre souberam que a mulher traia o marido e batia na filha quando ele estava ao trabalho.

Depois que o pai da menina morreu o pouco de respeito que as pessoas dali tinham com elas acabou e as tratavam como lixo, mas a mulher não importava e até gostava de ser a ‘vilã’ odiada, já a Madson não entedia porque a raiva daqueles que deviam protege- lá estava direcionado a ela. Com o passar do tempo se acostumou com aqueles olhares de reprovação. Seu refúgio era seu quarto, onde tinha apenas uma cama velha e um guarda roupa caindo aos pedaços, ela preferia a companhia de seus colegas ratos do que lidar com os amantes da mãe.

- Aquela pirralha sempre foi um estorvo e agora que o imprestável do pai dela morreu tenho que cuidar da pestinha.

- Posso dar um jeito naquela vadiazinha.- As vozes vinham do andar de baixo, mas a garota conseguia escutar tudo.

Trancou a porta e sentou na cama cobrindo com as mãos os dois ouvidos para não escutar mais nada que vinha da boca desprezível da mãe e , e rezou para
Deusa Lua para que o amanhã fosse melhor.

A garota queria mais que tudo que sua loba aparecesse, tinha muitas curiosidades sobre como seria ter poderes e até mesmo um amigo. Só não sabia o quanto teria que esperar por esse dia.

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