Aphelios estava curioso. Corria pelos enormes salões a fim de ver quem era essa tal pessoa que causava tanto alvoroço em sua terra, enquanto Alune o seguia, repetindo sobre o quão errada era a ação do príncipe.
Por outro lado, Sett estaria incrédulo. Como pôde deixar que tudo chegasse a este ponto? Preso naquela cela escura e úmida... Seus cabelos ficariam horríveis na manhã seguinte; fora que mamis o mataria se soubesse da situação.
A chuva omitia cada passo de Aphelios, que ia em direção a Sett, o meio vastaya que agora enrijecia a coluna, demonstrando uma postura confiante e também, preparado para lutar com quem fosse que estivesse vindo.
Alune continuou a falar na cabeça do irmão, tentando convencê-lo do quanto aquilo era errado e perigoso, mas o mais novo se negava a dar ouvidos à ela.
Ao aproximar-se das grades, o rapaz pôde notar que todo o exaspero dos Lunari se tratava de um vastaya rebelde que agora segurava as grades com um sorriso sarcástico. O olhar era fixo ao corpo magro do lunari. O ruivo encarava como se pudesse devorar o menor a qualquer momento.
– Phel, vamos embora! - A voz da irmã o tirou daquele transe.
– Oh, não, Phel! Fique mais um pouco...
O sorriso do belo vastaya agora se mostrava demoníaco. Aphelios e Alune o encaravam, incrédulos pela audácia.
– Ué, o que foi? Eu não podia te chamar assim?
– Apenas eu posso me referir ao príncipe dessa maneira.
Aphelios olhou para a irmã como se pedisse para que ela parasse.
– O príncipe? - Perguntou o ruivo.
– Sim, o príncipe herdeiro de Targon. Algum problema? - A mais velha rebateu.
– Nenhum, é só que... - Observou o moreno. - Até agora, eu nunca tinha visto um príncipe tão belo.
– E você é...? - O príncipe perguntou, ríspido.
– Eu sou Settrigh, o rebelde.
O rapaz estufava o peitoral para falar.
– De onde você veio, Settrigh? - O ruivo hesitou para dizer.
– Eu vim para cá diretamente de Noxus.
Sett engoliu o seco enquanto o herdeiro Lunari ria da cara dele, demonstrando desdém. O rosto de Alune era pálido. Nunca havia visto seu irmão tratar alguém assim.
O príncipe bagunçou os cabelos e tudo que Sett fez foi assistir maravilhado.
– Você é a escória por aqui. - Foi a última coisa que o Lunari disse antes de sair dali seguido pela irmã.
Em seu quarto, Aphelios deitava em sua cama, ouvindo atenciosamente à chuva, mas a sensação de culpa e a inquietude fez com que o príncipe se levantasse.
Enquanto isso, o rebelde na cela se sentia um masoquista. As palavras do príncipe haviam sido esnobes e dolorosas, mas por algum motivo, Sett havia gostado da dor que as palavras causaram, pois, não conseguia parar de imaginar aquele rosto com perfeitas proporções, - muito menos aquele corpo escultural - lhe despejando tanto ódio.
Sabia que nunca havia sentido atração amorosa por alguém, mas algo no príncipe fazia o vastaya sentir seu estômago embrulhar. Algo que nunca sentiu antes.
– Por que um noxiano estaria por essas bandas?
Os pensamentos do ruivo estavam tão altos que sequer pôde escutar a chegada do Lunari, que desta vez, estava sozinho.
– Fique tranquilo, alteza. Não sou noxiano e muito menos penso como um.
O príncipe sentou-se ao chão, pensando sobre essa frase dita.
– Por que Targon? – O moreno perguntou, ainda confuso.
– Alteza, eu sou um um rebelde que apenas veio na direção de Targon buscando sangue, pancadaria e emoção. - Sentou-se na frente de Aphelios.
– Mas por que em Targon?
Sett suspirou, pensando em como explicaria esta história.
– Eu estava passando por Targon mas fui emboscado por seus homens. Eu me defendi e eles me trouxeram.
– É óbvio que eles te trouxeram. - Aphelios se aproximou das grades, vendo o rosto do ruivo em plena confusão. - Você está com isso.
Aphelios passou a mão por entre as grades, enfim mostrando para Sett a insígnia de Noxus que este levava em seu cinto.
– Ah! - Exclamou. - Mas isso foi roubado. Nem é meu.
– É o que você diz. - O príncipe respondeu desconfiado. - Eu não posso arriscar meu povo.
– Você está certo, mas... - Aphelios encarava o ruivo com uma expressão fria. - Nós não podemos sequer nos conhecer?
– Que tipo de pergunta é essa agora?
– É só que... Eu não gosto de estar sozinho. - Era óbvio em sua feição que não gostava de admitir tal coisa.
– Pois se acostume então.
As palavras do príncipe herdeiro soavam como facas sendo arremessadas contra o peitoral do ruivo. Machucava e o deixava sem ar; e também faziam com que o vastaya sentisse seu corpo estremecer. Era uma sensação estranhamente boa.
– Boa noite, Settrigh.
– Boa noite, Phel.
Aphelios apenas deu as costas, enfim voltando para seus aposentos pela segunda vez naquela única noite.
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Loyalty (SettPhel)
Romance"É melhor que você se torne leal a mim. Uma criatura tão distinta, tão curiosa... O que faria por essas terras? Estaria buscando a minha desgraça? Ou se juntará a mim e aos meus ideais? Eu estou conquistando este mundo que você vê. É melhor que vo...