Discours de paix;

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  O príncipe se manteve atento agora que Sett contava suas histórias de brigas por Runeterra, rindo de cada absurdo que lhe era contado, parecia até inventado, mas lhe tirava várias gargalhadas sinceras.

  Os dois rapazes puderam notar que o dia começava a clarear lentamente. O ruivo se levantou primeiro, se aproximando cautelosamente das grades enquanto o Lunari o observava sereno.

– Vá descansar, Phel. Tirei muito do seu tempo de sono. - O vastaya disse, preocupado.

– Está tudo bem. Vou voltar lá para cima antes que Alune me dê como desaparecido.

– Ela é uma ótima irmã. - Sett soltou um riso.

  Aphelios por fim sorriu e foi lentamente se virando para sair dali. Sett rapidamente alcançou o braço do lunari, o segurando com cuidado.

– Phel! - Chamou.

– Sim? - Esperava uma resposta pelo ato repentino, encarando a bela coloração vermelha dos cabelos do meio vastaya.

– Hm... Nada, esquece. - Disse, finalmente soltando o rapaz de cabelos negros que o encarou confuso, sentindo seu coração acelerar em questão de segundos.

  Era estranho se sentir bem perto de alguém que podia arruiná-lo, segundo o que dizia a profecia dos Lunari. Aphelios perguntava para si mesmo se havia se enganado sobre o ruivo. Como alguém ruim poderia mentir tão bem sobre sua real personalidade. Ainda mais para alguém como o príncipe herdeiro.

  Sett estava ficando deprimido. Se sentia sozinho e vulnerável e tal sensação o deixava irritado. Gostaria de ser forte o suficiente para apenas derrubar aquelas grades de ferro maciço e fugir para longe dali, mas por outro lado, algo o dizia para permanecer perto do príncipe. Desde que ele ouviu sobre a profecia lunari enquanto estava em casa, nos vales distantes, algo lhe dizia que havia um motivo para ir até Targon, mas não um motivo terrestre, era mais como se uma sina o prendesse àquele lugar, e isso o deixava ainda mais aflito, pois, já faziam dias desde que o príncipe herdeiro havia o visitado pela última vez. Parecia até mesmo que Aphelios já não tinha mais tempo para alguém como ele.

  E estava certo, afinal, estava sendo evitado o tempo todo, mas Aphelios ja nãotinha mais tempo para pensar nisso. Ele na verdade se encontrava desesperado na torre do palácio, tentando decorar seu discurso a todo custo, e também, ficando irritado com Alune que o corrigia o tempo inteiro.

– ...Poder guerrear contra o verdadeiro inimigo... ‐ Alune o corrigiu mais uma vez.

– Alune, chega! - O príncipe se exaltou.

– Eu só estou tentando... - Foi cortada pelo mais novo.

– Eu sei, mas não está ajudando.

– Você ainda não decorou nada deste discurso, irmão. Não decorou sequer o seu nome! - Ela disse, o atacando.

– Saia daqui agora! Apenas volte se eu precisar.

– Você não pode...! - Aphelios a interrompeu mais uma vez.

– Agora, Alune!

  A voz do rapaz era firme enquanto abria a porta com a cabeça baixa, evitando contato visual para que não pudesse agir contra as próprias palavras. Nunca havia se exaltado de tal maneira, sabia que a feição de Alune se mostraria triste em um momento como aquele, mas ainda assim, não queria voltar atrás. Como rei, teria que um dia ser firme em suas decisões, portanto, decidiu deixar as coisas assim.

  Quando a mais velha saiu, ele se jogou sobre o enorme e macio colchão, pensando se realmente seria um bom rei como todos esperavam. Ficou em silêncio por alguns minutos, sentindo uma tristeza avassaladora lhe invadir. Foi quando decidiu sair do quarto para o jantar que seria realizado em total silêncio ao lado da irmã, e logo após o tal jantar, Aphelios voltou aos seus aposentos, voltando a recitar seu discurso várias vezes, finalmente chegando ao resultado tão esperado.

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⏰ Última atualização: Jul 12, 2023 ⏰

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