Sweet Kill - Wenclair

⁵Ressurgindo dos Mortos

Narradora pov:

No mesmo momento em que atingiu o chão, a loba entrou em estado de transe.
Sentia um cheiro estranho e sua boca estava com gosto de sangue, cada pelo do seu corpo estava arrepiado e ela nem ao menos conseguia controlar a própria respiração.

Seu interior travava uma batalha, dividida entre ir atrás da morena e ir pedir ajuda na escola. Ela não teria muita utilidade caso não conseguisse se transformar e não colocaria a vida de Wednesday em risco, mas também, poderia ser tarde demais quando voltasse com a ajuda.

Correndo o mais rápido que conseguia, a loira seguiu o caminho que a garota de tranças havia feito poucos segundos atrás, torcendo para que tudo desse certo no final.

Até que ela avistou uma figura encapuzada arrastando o corpo da morena de volta para a casa. Em silêncio, ela foi se aproximando deles, até que estivesse perto o suficiente para ver e ouvir sem que sua presença fosse notada.

Wednesday pov:

Abri os olhos com um pouco de dificuldade, minha cabeça estava doendo e a visão embaçada, senti minhas mãos amarradas nas costas e xinguei mentalmente toda a situação. Assim que ergui a cabeça para olhar ao meu redor, percebi uma pessoa parada a poucos metros de mim

—Finalmente - murmurou

—O que você quer? - perguntei enquanto tentava me soltar

—Hora da surpresa - ele disse tirando a máscara

Xavier

—Não posso dizer que estou surpresa. Qual é a desculpa para estar fazendo isso?

—Vingança. É motivo suficiente pra você?

—Você é patético

—Cala a boca - Gritou - Eu finalmente vou conseguir vingar a morte da minha família - ele riu se aproximando

—Do que você está falando? - franzi o cenho

—Pra quem se acha tão boa, até que você é bem devagar 

—A morte da sua família - murmurei me perdendo por poucos segundos em um emaranhado de pensamentos - Você é um Gates - conclui

—Ponto para a Addams - ele bateu palma

—A sua mãe se enforcou quando estava grávida de você, como sobreviveu? 

—Eu estava com o pulso fraco quando me tiraram de dentro dela, mas os médicos conseguiram me salvar.

—Continue

—A minha mãe teve um caso com o meu pai e acabou engravidando, acho que nenhum dos dois tinha a intenção de levar as coisas além disso. Mas com tudo o que aconteceu, ele que me criou.

—Laurel sabia que o próprio irmão estava vivo?

—Sim, ela sabia

—E por que só apareceu agora?

—Desde o começo eu estava ajudando ela, digamos que eu fiquei com a parte fácil.
Distrair sua atenção e te fazer pensar que eu era o monstro, tirar as fotos, mandar as mensagens... essas coisas.

—Como um bom cachorrinho

—A verdade é que, para um bom plano ser executado, você não pode perder a cabeça.
É um jogo instável, tem que ter sangue frio e estômago forte pra conseguir continuar.

—Eu bateria palmas, mas como pode ver, estou de mãos atadas - debochei

—Logo não vai estar mais