Quando Fui Chuva

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"E assim, no teu corpo eu fui chuva
Jeito bom de se encontrar
E assim, no teu gosto eu fui chuva
Jeito bom de se deixar viver."



Era urgente, intenso e acima de tudo era paixão!

Stênio e Helô se moviam com rapidez, os beijos e os toques eram uma mistura de desespero e impaciência, eles se queriam, não, eles necessitavam do toque do outro.

Quando deu por si Helô já estava sendo levada para um outro cômodo da casa, a luz do sol já estava sumindo e a casa ficava parcialmente escura, não sabia para onde estava indo mas tinha um palpite que era para o quarto dele, talvez em outro momento fosse reparar mais na decoração e na mobília mas naquele momento tudo que podia raciocinar era nas mãos ásperas e fortes dele em seu corpo, a respiração quente e ofegante em seu ouvido e na boca que lhe dava beijos no pescoço, o último resquício de pensamento coerente que tinha era sobre como calor do corpo dele combinava tanto com o seu próprio que estava em chamas.

Quando entraram no quarto Stênio virou Heloísa para si, ficando de frente para os olhos mais bonitos que já tinha visto, procurando o olhar dela que tanto sentia falta, procurando alguma confirmação de que poderia seguir em frente e lhe dizendo com os próprios olhos que o que quer que acontecesse ali ele era dela e sempre seria.

A resposta de Helô foi desatar o nó do vestido atrás do pescoço, deixando a peça cair lhe deixando exposta, a luz natural diminuía a cada minuto, porém tê-la ali quase completamente nua o fazia se sentir como se estivesse na frente de alguma criatura que só se vê em livros, alguma deusa ou algo do tipo, o deixava atônito, ela era uma visão.

Seus cabelos estavam soltos pelos ombros e bagunçados pelos beijos, a pele estava arrepiada e não era de frio, Helô estava definitivamente mais magra, mas não menos bonita que a última vez que a tinha visto, a calcinha que usava era tão pequena que poderia ser considerada um crime em muitos países, ele tinha certeza. Stênio observava detalhadamente cada detalhe dela, como se estivesse redescobrindo tudo que perdeu naqueles anos, a cicatriz era quase imperceptível e seus olhos se demoraram ali, com uma expressão de quem sentia a dor dela. O advogado não sabia quanto tempo ficou parado ali na luz do crepúsculo admirando Helô até ouvir a voz baixa da delegada.

_ Diz alguma coisa, tá me deixando nervosa... - ela estava muito melhor com a comunicação-

_ Você é linda Heloísa!

Não falou mais nada depois dessa afirmação, nem deu tempo para que ela lhe respondesse, voltou a beijá-la com as duas mãos lhe segurando o rosto, a sensação do corpo dela colado ao seu peitoral era indescritível, como sentiu falta do calor dela, do corpo dela, ele sabia que nunca iria acostumar com o poder que aquela mulher tinha sobre seu corpo mas era sempre um choque quando sentia os efeitos que ela causava.

As mãos de Helô passeavam pelas costas dele, seus braços, sentia todos os músculos que tinham crescido e se sentia cada vez mais excitada, não sabia que ele ficaria ainda melhor numa versão mais forte, parou com as mãos no cós da bermuda que ele usava, a delegada estava cada vez mais impaciente e sentia que enlouqueceria se não fosse dele nos próximos 3 minutos, 3 minutos eram muito pra quem esperou por 3 anos!

_ Você tá muito vestido Stênio - sussurrou no ouvido dele -

Sentiu a mordia que ele lhe deu no ombro, e foi o que precisou para que abaixasse sua bermuda e sua cueca, seria recatado dizer que ele estava excitado, ela o sentia tremer e sabia que estava de segurando, gostava daquilo, gostava de ver que mesmo depois de anos ele ainda a desejava daquela forma. Helô passou a ponta dos dedos pela coxa de Stênio lentamente subindo em direção ao seu membro, ele se arrepiava por onde o toque dela seguia, e prendia a respiração tentando se concentrar, assim que ela o segurou ele fechou os olhos, tinha certeza de que poderia explodir ali naquele momento somente com o toque das mãos dela então antes que ela continuasse com aquela tortura ele lhe segurou o punho, chamando a atenção da mulher para o seu rosto.

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