Once Upon A Dream (Sandman)

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-Leitora X Morpheus (Amizade...?/Platônico...?)

| Minha criatividade está com um bloqueio lascado, então não posso garantir que esse capítulo vai ser o melhor imagine da vida, mas acho que dá pro gasto. Alguns dos aspectos apresentados neste imagine foram baseados em um sonho que eu tive, só que com umas leves alterações aqui e ali. Espero que gostem! |

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Você andava silenciosamente pelos corredores de seu pequeno apartamento, as luzes fracas que vinham da cozinha e da sala de estar iluminando sua figura sem muita hesitação; contudo, você não estava exatamente sozinha enquanto andava pelos cantos inquietos de seu apartamento. Em seus braços, estava aninhada sua filha de poucos meses de idade, perdida numa linha tênue entre o mundo de seus próprios sonhos e a realidade de uma vida normal que poderia parecer tão cruel quando bem se entendia sobre uma criança tão pequena e frágil, impossibilitada de se defender das coisas que poderiam lhe incomodar ou lhe assombrar.

Mesmo com a companhia da criança que lutava contra seu próprio sono em seus braços, você ainda mantinha a impressão de que mais alguém estava presente nos cômodos com sua figura. Não era uma presença ameaçadora, muito menos uma que você deveria procurar e temer antes mesmo que esta sequer pudesse se manifestar; pelo contrário, era uma presença familiar e que você havia ansiado para ver pelo decorrer dos últimos dias, para não dizer durante o decorrer de todos os meses que compuseram sua gravidez e o período agora em que sua filha estava nascida e que você se encontrava responsável por um ser humano tão indefeso.

Não deveria demorar mais do que algumas horas para que o sol começasse a raiar, e você se encontrava sentada no sofá de sua sala de estar, acariciando os fios negros dos cabelos de sua filha enquanto esta estava sendo amamentada no mais puro silêncio que se pudesse existir; você sequer sabia se ainda existiam forças o suficiente dentro de você para que fosse possível se falar algo, mesmo que ainda no menor tom de voz que se pudesse existir, mas ainda assim, você não conseguiu se conter de simplesmente sussurrar as coisas mais doces que poderiam surgir em sua mente enquanto você olhava aquele pequeno serzinho em seus braços:

-Eu posso estar exausta, mas eu não consigo resistir a esses olhinhos seus, meu amorzinho...-Você sorriu ao encarar a pequena criança por mais uma vez em seus braços-...por que será que você está lutando tanto contra seu sono esta noite, mhm?

Por motivos óbvios, você não recebeu nenhuma resposta para sua pergunta, que mais parecia uma pergunta retórica do que qualquer outra coisa; a pequena bebê apenas lhe observou de modo curioso e continuou mamando, como se nada mais fosse importante além daquele pequeno ato:

-...será que ele está lhe dando pesadelos, minha princesa?-Você questionou de modo retórico por mais uma vez, se questionando ao mesmo tempo se era possível que ele fizesse tal coisa com uma criança tão pura-...não, não é mesmo? Ele não faria isso com uma coisinha tão preciosa como você, certo?

Como se alguém além de sua filha estivesse tentando lhe responder, você sentiu aquela presença familiar ainda mais forte no pequeno cômodo de sua sala de estar, a brisa se tornando quase que mais fria do que o natural para as mais altas horas da noite, fazendo as cortinas em suas janelas balançarem mais fortemente ao contato e causando um arrepio por percorrer por sobre sua espinha; era como se algo se escondesse nas sombras daquilo que você não podia iluminar, no canto de sua sala, esperando apenas alguma mínima reação sua:

-...ou será que eu estou enganada, Sonho? Ou devo ainda te chamar de Morpheus, como nos velhos tempos?-Por mais uma vez, o questionamento retórico caiu de seus lábios como o mais puro mel; contudo, ele havia sido direcionado para uma outra pessoa, não para aquela que estava envolta em seus braços

Imagines Mix: Vol. 2Onde histórias criam vida. Descubra agora