Accident

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Capítulo quatro

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Capítulo quatro

Todo o teto côncavo, abria espaço para janelas decoradas delicadamente por molduras em bronze, permitindo a bela cobertura das estrelas que sobrecarregavam meu quarto, com um brilho radiante. Retirei metade das almofadas, travesseiros e lenções que tomavam conta da minha cama, sem deixar espaço pra mim. Liguei o ventilador com zuada de motor frouxo e estiquei apenas um edredom em meu corpo que tia Cris deixou em cima da poltrona. Tudo indicava que seria uma noite tranquila de sono, mais aquela lua não me deixava durmir. Ela refletia uma luz tão forte, que me convidava a apreciá-la. E as estrelas? Pareciam conversar comigo e o dedilhado que meus dedos brincavam com o violão se interligavam com o brilho do luar. Uma junção harmoniosa, que me fugia os pensamentos para outra realidade. Uma realidade projetada, um mundo feito exclusivamente pra mim. Onde Tudo é possível, até os desejos mais inimagináveis (E os meus eram muitos). O amanhã é o presente e a vida, é eterna. Não haviam acepções de pessoas, nem rótulos, nem preocupações. E aquela irritante dor, que não se convém ou se deseja, não existia. Não haviam pesadelos, nem choros no meio da noite.
Nesse novo mundo a alegria é minha casa, o sorriso é minha sala de estar e a paz é meu quarto fabuloso.

Meus pensamentos foram interrompidos pelo toque do meu celular.

Quem drogas estava me ligando uma hora dessas? Já havia passado das 22:00.

Era um número desconhecido.

- Alô.

- Boa noite Scarly! - Era uma voz de padrões roucos, parecia estar desgastada pelo dia que havia se passado. Demorei pra identificar quem era.

- Quem é?

- Sou eu, Edgar.

- Ah... 

- Peguei seu número com a Cris. Espero não estar encomodando.

Ah, Tia Cris... Vamos ter uma conversa séria amanhã, Informações demais para um único estranho.

- Tudo bem, ainda não estava durmindo.

- Ótimo. Queria te convidar para visitar o Hospital amanhã, o que você acha?

- Pode ser. Mais você não podia ligar amanhã?

- Claro. Mas quis cuidar disso o quanto antes.

- Vou estar livre durante a tarde.

- Fechado! As 15 horas passo em sua casa.

- Não precisa, posso ir de ônibus, Só me fale o endereço.

- Eu insisto!

- Eu que insisto.

- Tudo bem, te mando por mensagem quando terminarmos a ligação.

- O.K.

- Tenha uma boa noite.

A PRISIONEIRAOnde histórias criam vida. Descubra agora