Capítulo seis
Andei de encontro a um jardim incrívelmente florido, que dava entrada a várias pétalas jogadas ao chão. O verde, o ar puro, o cheiro das flores, me traziam uma paz inquestionável. Tudo aquilo parecia uma pintura. Deitei-me por sobre o capim, fiquei ali horas paralisada em meus pensamentos. Aquele parque no centro da cidade era incrível!
Coloquei a minha música tranquila da Nora Jones, observando a calmaria daquele lugar, sentindo a luz do sol vindo em forma de brisa suave. É engraçado como o ambiente em que estamos influência em nossos pensamentos. Em como o ar puro trás um sentimento que parece inalcansável dentro do meu quarto. Comecei a caminhar, sem destino algum, apenas querendo reconhecer aquele lugar novamente. Avistei de longe um sorveteiro, levantei as mãos em sinal de que queria que ele parasse e o chamei. Pedi a ele o meu favorito: Baunilha. Enquanto eu procurava em minha mochila uns trocados para pagá-lo, o vi sorrir para alguém atrás de mim. Me virei em um impulso automático. Ao me virar, queria não ter virado. Queria não ter ido comprar aquele sorvete. Dei de cara com o Edgar. Brincadeira! Que coincidência era aquela?- Que surpresa agradável! - Ele falou abrindo um meio sorriso, com seus olhos azuis me fitando.
Ele acenou para o sorveteiro, conduzindo-me para continuar a caminhar.- Vai me dizer que veio dar uma caminhada de terno e gravata? - Debochei.
- Venho aqui todos os dias, venho jogar vôlei! E antes que pergunte, não, não jogo vôlei de terno e gravata... Minhas roupas já ficam guardadas aqui - Ele falou com o seu sorriso que parecia ter sabor de menta.
- Achei que você fosse ocupado demais para praticar esportes -Falei levantando uma das sobrancelhas automaticamente.
- E eu sou, mais sempre arranjo um tempo. Quer jogar uma partida comigo? - Ele falou me encarando sorridente.
- Ah... Não sei jogar, sou péssima! - Péssima era pouco.
- Qual é Scarly, eu te ensino. Tenho certeza que não deve ser tão ruim - Meu caro, você vai se arrepender de me convidar. Sou realmente horrível nisso!
Levando em consideração que o dia estava lindo e que estava ali para me divertir, decidi aceitar. Afinal, que mal tinha?
- Já que insiste, depois não reclame!
- Vou tentar - Ele deu uma risada, me fazendo sorrir em seguida.
Ele me direcionou até a sala de jogos, era uma área extensa que adentravam entre outros tipos de jogos, além do vôlei. Precisei ir até um vestiário colocar uma roupa adequada. Lá eles vendiam roupas de todos os tamanhos, menos o meu. Fiquei definitivamente sendo esmagada por aquela roupa. Ela estava bem justa no meu corpo. Mais quer saber? Pouco importa. Ao sair do vestiário fui em direção a quadra de vôlei. Nesse horário da tarde os esportistas que treinavam ali, estava dando partida, deixando a área livre para quem quisesse jogar. Quando cheguei lá, Edgar estava fazendo uma espécie de aquecimento. O que me fez rir por vê-lo de maneira tão despojada.
VOCÊ ESTÁ LENDO
A PRISIONEIRA
RomancePLÁGIO É CRIME. Art. 184. Violar direitos de autor e os que lhe são conexos: Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa. Se a violação consistir em reprodução total ou parcial, com intuito de lucro direto ou indireto, por qualquer m...