Livro de Imagines BNHA

Secret - Imagine Midoriya +18

Se tinha algo que eu realmente odiava era me meter em brigas, principalmente aquelas que não tinha haver comigo. O problema era que: eu parecia ter um tipo de imã para atrair confusão. Como se minha família já não fosse um caos total, eu ainda tinha que servir de babá para o meu irmãozinho explosivo. Katsuki era o típico menino problemático, não podia ver alguém olhando-o de soslaio que já queria partir para cima. Não me entendam mal, ele até é uma boa pessoa, mas seu ego fragilizado sempre o colocavam em maus lençóis.

Agora a pergunta que não quer calar, como essa bomba que é o meu irmão e seu temperamento explosivo me afetam, certo? Pode deixar que vou explicar. Kaa-chan jogava basquete, e bem, essa era a maneira que ele encontrou para extravasar toda a raiva acumulada em seu interior. Isso por si só não era um problema, o fato é que no ensino médio, no torneio nacional juvenil, o time da nossa escola perdeu para a Academia U.A., a escola para qual seu antigo "rival" havia se transferido.

E qual foi o motivo da mudança no meio do semestre? Obviamente o bullying desnecessário do meu irmão e seus amiguinhos. Esse tipo de atitude escrota de Katsuki não tinha explicação lógica, gosto de acreditar que meu irmão tem algum parafuso a menos, e por isso, acha um barato tirar onda com a cara dos mais fracos. Entretanto, Midoriya não era fraco, muito pelo contrário, o menino de sardas e sorriso gentil era tão, ou até mais talentoso do que meu Kaa-chan no basquete. Quando meu querido irmão percebeu esse pequeno detalhe, passou a perseguir o menino junto com sua trupe de idiotas.

A infantilidade desmedida de Katsuki iniciou-se no ensino fundamental, e no segundo ano do ensino médio, depois de um pequeno "acidente" na quadra, Midoriya trocou de escola.

Ah, mas onde é que eu entro nessa história?

Aqui, nesse banheiro apertado da casa de Denki, sendo empurrada contra a parede gelada, ou obrigada a sentar sobre a pia meio molhada, enquanto os lábios de Midoriya passeiam por minha pele, vez ou outra dando atenção ao meu pescoço e descendo de encontro aos meus seios escondidos atrás do tecido do cropped.

O ambiente pequeno parecia quente demais, talvez fosse efeito de todo o álcool que ingeri desde o início da festa, mas eu acreditava que o calor que emanava de minha pele se dava ao tesão acumulado de todos esses dias sem poder me aproximar de Midoriya. Havíamos trocado olhares por toda a noite, rondando um ao outro como um leão durante o período de caça, e assim que Kaa-chan desapareceu por mais de cinco minutos, corri para o andar de cima, ciente de que Izuku me seguiria.

— Eu estava morrendo de saudades — sussurrou entre nosso beijo. A respiração pesada dificultava o som das palavras, mas por estar muito próxima, consegui-as ouvir com perfeição.

— Desculpe por isso, gatinho — pedi, entrelaçando-lhe os fios esverdeados.

— Esses dias foram uma tortura para mim. — A voz sussurrada dele estava uma oitava abaixo, o que fez um arrepio involuntário subir por minha espinha.

Meu relacionamento secreto com Midoriya se iniciou devido a um trabalho em grupo solicitado pela nossa professora de desenho topográfico. Por obra do destino, o rapaz voltou para a minha vida quando iniciei meu curso de arquitetura na Faculdade Pública do Japão, éramos colegas de turma, e sendo bem sincera, não foi muito difícil me aproximar dele. Mas imaginem só a cena e a cara de puto de Katsuki quando descobriu que seu rival agora iria jogar pelo mesmo time de basquete da universidade.

A fim de não despertar mais a fúria de meu irmão, eu sabia que deveria omitir a parte da história onde eu e Midoriya nos tornamos amigos. Mas o real problema surgiu quando por acaso, em uma noite de rolê com o pessoal da turma, eu acabei indo parar na cama de Midoriya. E pelos céus, aquela transa foi tão incrível que eu simplesmente não conseguia dizer não quando ele me convidava para sair, ir até sua casa, ou simplesmente me empurrar contra uma parede gelada em algum cantinho escondido durante alguma festa aleatória da faculdade, como era o caso de agora.