Livro de Imagines BNHA

Kirishima Eijirou - Perfect

Quando coisas ruins começam a acontecer, nunca mais param. O universo parecia me odiar, nada estava dando certo desde o início da semana. Tudo começou quando na terça feira, ao levantar da cama, acertei meu dedinho mindinho na mesinha de cabeceira, nunca havia sentido tanta dor na vida, e ainda fui obrigada a usar sapato social para o trabalho. O que resultou em ainda mais dor me fazendo derrubar sem querer, café na minha blusa social branca favorita.

Na quarta feira, tive a infelicidade de encontrar com meu ex e sua "nova namorada" na cafeteria ao lado do trabalho. Eu e Hitoshi já havíamos terminado há mais de 1 ano e 3 meses, porém ver ele feliz com outra pessoa contribuiu para piorar o meu humor e jogar minha estima lá para baixo. Acabei deixando o sentimento de "não sou o suficiente" me dominar.

E hoje, plena sexta feira, ansiosa para chegar em casa e tomar um banho quente, me jogar no sofá enrolada na coberta, pedir uma pizza e assistir um filme com meus amigos de apartamento, eu estava presa no trabalho. Dois relatórios de contabilidade do setor haviam voltado devido há erros não identificados.Eu teria que revisá-los e corrigi-los antes de poder finalmente ir para casa.

Aquilo levou muito mais tempo do que o esperado, só conseguindo enviá-lo por e-mail depois das 18h. Para piorar, o metrô estava lotado devido a hora de rush, e eu juro que algum idiota tentou passar a mão em mim no meio daquela confusão.

Quando finalmente abri a porta do apartamento, um alívio tomou conta do meu corpo. Finalmente estava em casa. Deixei minha bolsa em algum canto do quarto me jogando de bruços sobre a cama, agarrei o travesseiro apertando meu rosto contra objeto macio e cheiroso. Todo meu corpo relaxou ao notar que finalmente eu teria um momento de paz e alívio. O fim de semana iria chegar e provavelmente eu dormiria a maior parte do tempo, fingindo que eu sequer existia.

O cansaço e o estresse eram tantos que nem notei o silêncio anormal no apartamento. Morar com Denki, Jirou e Kirishima era sinônimo de barulho, vozes e agitação. Ao me dar conta deste fato, levantei da cama indo direto até o quarto da minha amiga.

— Kyoka? — chamei batendo algumas vezes na porta.

— Ela e o Denki não estão. — A voz de Kirishima me alertou. — Foram ao show daquela tal banda de rock que ela gosta.

— Ah, é verdade! — suspirei me lembrando da animação que Jirou exalava por toda a semana. — Eu havia me esquecido disso.

— Percebi. — Ele sorriu dando um passo na minha direção. — Você e essa sua cabecinha. — Brincou empurrando minha testa para trás.

Permiti que um sorriso escapasse por meus lábios, Kirishima tinha esse poder sobre mim, bastava sua presença para melhorar meu humor. Era difícil não sorrir ao lado dele. Segurei sua mão que ainda estava em minha cabeça afastando-a. Porém a dele era maior assim como, consideravelmente mais rápido, Eijirou agarrou meu pulso puxando-me em direção ao seu peito.

— O que vamos fazer hoje? — sussurrou próximo ao meu ouvido enquanto mantinha meu rosto escondido em seu peito, a mão tocando meu cabelo em uma carícia gentil. Ah se ele soubesse do efeito que me causava.

— Queria ficar quietinha, deitada, fingindo assistir alguma coisa na TV.

— Me parece um bom plano. — Beijou o topo da minha cabeça. — Você toma um banho enquanto eu peço algo para a gente comer.

— Obrigada, Kiri.

— Para de falar besteira e vai logo tomar um banho. Ou eu vou ter que te levar pra lá a força?

Minha mente vagou por um cenário onde Kirishima me despia completamente carregando-me em seu colo para dentro da banheira, lavando meu corpo, beijando minha boca, ao mesmo tempo em que eu me sentava sobre seu colo sendo envolvida por seus braços.... Ahhhhh, lugar perigoso para minha mente passear.