My Living Nightmare - Tom Kaulitz [PT-BR]

Olhando Para Um Assassino

"Deixe-me em paz", eu choraminguei quando senti Ria puxar meu cobertor.

Um frio repentino atingiu minhas pernas, e eu me enrolei como uma bola. "Levanta, vagabunda preguiçosa, são quatro da tarde."

Minha mão vasculhou o colchão em busca do cobertor. "Bem, talvez se você não me mantivesse acordada a noite toda com suas emoções e doces, eu não estaria dormindo o dia todo. Agora me dê o cobertor."

"Não, Taylor, você tem que se levantar. Eu liguei para Bill, e ele quer que nos encontremos com ele hoje à noite."

"Você, ele quer que você vá encontrá-lo novamente esta noite."

"Bem, sim, mas ele pediu por nós duas."

"Por que eu? Eu sou uma completa estraga-prazeres", eu disse agora me sentando um pouco e esfregando meus olhos, concentrando-me em Ria, que também estava de pijama. Eu ri. "Você dormiu até tarde também."

"Mas não tanto quanto você. Levantei meia hora atrás."

"... e a primeira coisa que você fez foi ligar para o Bill", eu disse com um sorriso cafona de menina que se transformou em uma cara de nojo, fazendo-a rir.

"Então você vem?"

"Hmmm... não." Eu me deitei e puxei o cobertor sobre mim.

"Ah, vamos lá, você realmente vai me deixar ir lá sozinha?"

Ela pegou no meu ponto fraco. Ela sabia que eu ficaria preocupada se ela fosse, mas eu era muito boa em ser teimosa às vezes. "Sim, eu vou, porque da última vez que tentei cuidar de você, você jogou tudo na minha cara. Então, você pode ir lá sozinha. Se você for assassinada ou estuprada por um dos perdedores, não venha chorar para mim, porque tudo o que eu diria é que te avisei."

Ela ficou em silêncio, e eu olhei para ela para vê-la fazendo beicinho para mim. "A cara triste não vai funcionar", eu disse fechando os olhos e me aconchegando no meu travesseiro.

"Tudo bem", ela disse derrotada, chutando minha porta ao sair.

"Isso estava fechado", eu gritei.

Já eram 21h03, e eu estava sentado no sofá assistindo TV com minha xícara de café. A essa altura, eu normalmente estaria me sentindo bastante cansada, mas dormi muito hoje e estava muito preocupada para estar cansada. Ria realmente foi embora, tive a sensação de que ela não podia ir porque estava com muito medo de ir sozinha, mas não, ela foi bem, saiu por aquela porta bem rápido.

Tomei mais um gole do meu café. Por que ela tinha que me irritar tanto? Não vou conseguir dormir esta noite agora, porque vou me preocupar com ela a noite toda. Olhei para a hora e suspirei, irritada com a lentidão do tempo. Eu sei que ela só estará em casa de manhã cedo, então não há como me manter ocupada com a televisão todo esse tempo se eu esperar por ela, e não consigo dormir, então com certeza estarei acordada, o que só vai me deixar entediada. "Estúpida Ria!" Eu gemi enquanto me levantava do sofá, colocando a xícara de café na mesa ao meu lado. Corri para o meu quarto, me vesti, peguei minhas chaves e saí pela porta.

Eu estava descendo a rua, quase no local onde todos estavam amontoados na noite anterior, quase naquele estacionamento subterrâneo. Desci e me deparei com outra multidão, algumas pessoas que reconheci da outra noite, outras não. Aproximei-me da multidão e mantive distância, com os braços cruzados sobre o peito, olhando sem me mover para Ria. "Você está bem?", disse uma mulher se aproximando de mim no meio da multidão. Seu longo cabelo castanho claro caía sobre seus ombros, e seus lábios eram de um tom rosa claro brilhante.

"Sim, estou bem", eu disse olhando para as botas de cano alto que ela estava usando. Elas eram bonitas, mas definitivamente botas de prostituta, e a saia minúscula que ela usava apenas dava mais impressão à palavra prostituta.