My Living Nightmare - Tom Kaulitz [PT-BR]

Eu Vou Fazer Você Gritar

*Ponto de vista do Tom*

"Tom", ela sussurrou.

Sua voz doce e suave percorreu meus ouvidos, enviando um choque doloroso ao meu coração. Isso me fez parar, interromper o meu momento de destruir a inocência dessa garota, de romper aquela linha delicada que nunca havia sido cruzada. Seu sussurro continuou ecoando em minha mente, embora ela agora estivesse em silêncio, deitada abaixo de mim em derrota, como se já estivesse quebrada. Meu dedo ainda estava contra sua pele quente, tão perto do que ela estava tentando proteger. Eu odiava essa garota; ela era chata e sempre me atrapalhava, então por que eu parei? Por que ainda não a destruí, calei-a para sempre? Eu deslizei meu dedo para fora dela, e ficou um silêncio; ela tinha parado de chorar, e eu não estava mais ofegante de excitação, agora eu estava apenas respirando devagar.

Observei enquanto seu peito subia e descia suavemente, lentamente, ela estava calma agora, como se estivesse aceitando sua derrota facilmente. Meus olhos desceram por seu belo corpo antes de encontrar seus olhos azuis, seus tristes e medrosos olhos azuis. Eles brilhavam à luz das muitas lágrimas que causei, da dor que causei. Ela não olhou para mim; era como se ela estivesse com muito medo, e partiu meu coração vê-la assim. Eu me bati mentalmente, trazendo-me para a realidade, para o fato de que eu odeio essa garota chata chamada Taylor. Eu me pergunto se todas as Taylor's são tão irritantes. Não, ela é única... para mim. Eu agarrei seu queixo com força e a fiz me encarar. "Tome isso como um aviso." Eu cuspi nela antes de me afastar.

Peguei minha camisa que estava em cima da cama e a vesti antes de chegar à porta. Coloquei minha mão na maçaneta da porta e parei para olhar para ela. Ela já havia enrolado o lençol em volta dos seios, mas ainda estava deitada no lugar; eu me imaginei a alguns segundos atrás, deitada em cima de seu corpo delicioso, rindo de sua dor. Engoli em seco, abri a porta e a deixei no escuro.

Uma vez que eu estava no corredor, entrei rapidamente no banheiro e fechei a porta antes de jogar alguns dos pertences das meninas no chão. Bati meus punhos contra o balcão antes de jogar mais alguns itens.

Por que eu parei? Por que eu parei!? Eu sou Tom Kaulitz, sem empatia por ninguém, especialmente por um animal de estimação, malditos animais de estimação, seus animais, mas eu senti por ela. Ela me fazia sentir horrível pelo que eu tinha feito, pelo que eu estava fazendo. Eu dei uma longa olhada no espelho, me estudei, olhei direto nos meus olhos... eu sou um monstro... mas gostei desse fato... eu mato pessoas inocentes, estupro garotas inocentes, roubo... mas nunca me senti mal pelo que fiz, pelo que faço, adorei, adorei a correria... adorei o que estava fazendo com ela, estava pronto para estuprá-la, para espancá-la um pouco mais forte do que costumo fazer, mas parei. A voz dela, dizendo meu nome, me fez parar. Eu gemi alto, enfurecido por Taylor, a garota quebrada deitada em pedaços na minha cama.

Eu bati meus punhos no espelho, cansado de me olhar e querendo liberar alguma tensão. O vidro se estilhaçou ruidosamente, os pedaços caíram na pia e no balcão. Minhas mãos estremeceram com uma ferroada feroz, mas ignorei com um leve grunhido antes de bater pela última vez. Alguns pedaços quebraram no chão, alguns cravaram em meus pés. Aproximei as mãos do rosto, pingavam sangue, alguns cacos se estilhaçaram em minhas mãos, deixei, sonolento de dor. Saí do banheiro e segui pelo corredor de volta ao meu quarto.

Podia imaginar o que Taylor sentia, como ela estava apavorada ao ouvir meus passos, como ouviu a porta se abrir e viu minha sombra na porta, isso me deixou doente. Meus olhos dispararam para ela, encolhida no canto, chorando, tentando se recompor. Passei por ela, ignorando Yumi enquanto ela me chamava para dormir. Acendi a luz, ouvi Yumi suspirar, seus passos correndo em minha direção. "Tom, o que você fez?" Ela disse, colocando aquele longo 'e' no final do meu nome, como sempre. Você pensaria que a garota nem sequer sabia que meu nome era Tom